Introdução. O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um tipo de desordem de humor que envolve a interação entre agentes de natureza psicossocial, genética e biológica. Caracteriza-se principalmente por tristeza persistente, anedonia e incapacidade de realizar atividades diárias. O TDM é um dos principais transtornos mentais que contribui para a carga global de doenças, além de ser subdiagnosticado e subtratado. Dentre os principais problemas relacionados ao diagnóstico e tratamento da depressão estão seu alto nível de subjetividade e sua heterogeneidade. Nesse contexto, os biomarcadores são medidas biológicas quantitativas e/ou qualitativas que se relacionam fisiopatologicamente com um desfecho clínico, e podem auxiliar na melhoria de alternativas terapêuticas e diagnósticas para transtornos mentais. Objetivo. Reconhecer biomarcadores inflamatórios e associados a inflamação no TDM, na literatura científica. Método. Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scopus e Scielo. Resultados. Foram vistos achados moleculares correlacionados significativamente com o diagnóstico e a sintomatologia, que não foram observados em grupos controle ou grupo com remissão da depressão. Foram relatadas alterações quantitativas nas citocinas IL-6, IL-15, IL-21, IL-23, IL-35, IL-17, IL-1β, TNF-α, IFN-γ, em supressores de sinalização de citocinas, em fatores de crescimento e correlações significativas entre inflamação e estresse oxidativo. Também há relatos de perturbações em gêneros bacterianos pertencentes ao filo Firmicutes. Conclusão. A caracterização de biomarcadores inflamatórios surge como alternativa para novas hipóteses neurobiológicas da TDM. Os biomarcadores contribuem com tratamentos mais seletivos e eficazes que possam prevenir o aparecimento ou melhor tratar essa neuropatologia, além de auxiliarem na detecção precoce de tentativas de suicídio.
Introdução: O Sars-Cov- 2 é um vírus de RNA que pode causar pneumonia grave. Seu diagnóstico é feito com o uso da RT-PCR, contudo sua sensibilidade é baixa para detecção inicial do COVID-19 (1). Além disso, as pesquisas das características dimensionais específicas para pneumonia do COVID-19 em paralelo com outras doenças pulmonares agudas são pouco entendidas, sendo um dos desafios o diagnóstico diferencial (3), (2). Para analisar as imagens geradas pela TC usa-se radiômica visto que o olho humano não possui habilidades para observações detalhadas a esse nível. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica sobre métodos alternativos para o diagnóstico da COVID-19, com ênfase na Tomografia Computadorizada. Métodos: A revisão sistemática da literatura foi executada no período entre agosto e setembro de 2021 empregando as palavras-chaves: “COVID- 19”, “computed tomography” e “radiomic”. Utilizou-se os bancos de dados online SciELO (Scientific Electronic Library Online) e PubMed (US National Library of Medicine e National Institutes Health). Artigos publicados nos últimos 5 anos, escritos em inglês ou português e artigos originais foram os critérios de inclusão. Resultados: Utilizando 45 recursos de radiômica com um coeficiente de regressão não-zero, obteve-se uma curva ROC na qual a AUC foi de 0,882 (IC95%: 0,851-0,913) (1). Assumindo uma prevalência de doenças de 15%. Utilizando um limiar de 0,11 (baseado no índice Youden), considerando os falsos negativos duas vezes mais alto que os falsos positivos (1). Obtém-se precisão de 85,18%, sensibilidade de 69,52%, especificidade de 91,63%, NPV de 94,46% e PPV de 59,44% para classificação COVID-19 (1). Conclusão: Os atuais estudos mostram que máquinas baseadas em radiômica apresentaram capacidade de diferenciar GGOs de início da pneumonia por COVID-19 daqueles de outras doenças. Assim, fornece um diagnóstico rápido e preciso para pacientes infectados por COVID-19.
Introdução: O câncer ovariano é caracterizado pelo crescimento anormal de células provenientes dos ovários. Mutações no gene BRCA podem aumentar, entre 20 a 50%, o risco do paciente desenvolver câncer ovariano (1). Assim, o gene BRCA1 é expresso como autossômico dominante, com penetrância incompleta e atua como supressor de tumor, sendo importante para a reparação do DNA, pois atua na manutenção da estabilidade do genoma e no controle do ciclo celular no checkpoint (3). Desse modo, a metilação do DNA ocorre na região promotora do gene, local dos sítios CpG – sendo denominados assim pois um grupo metil é adicionado a uma citosina seguida de uma guanina – e grupos metil são adicionados ao nucleotídeo citosina (1). Portanto, a metilação do DNA é essencial na regulação da expressão gênica (3). No câncer ovariano, anomalias nesta metilação são comuns, sendo potenciais biomarcadores na detecção desta doença. Objetivos: Realizar uma revisão narrativa sobre a metilação do DNA, que ocorre nos sítios CpG do gene BRCA1, ser um importante biomarcador no prognóstico e diagnóstico do câncer ovariano. Métodos: Para esta revisão narrativa, foi realizado buscas através do Pubmed e Google Scholar,através dos descritores: “ovarian cancer”, “BRCA1”, “DNA methylation” e “biomarker”. Como critérios para a pesquisa, foram selecionados artigos de língua inglesa e publicados entre os anos de 2016 e 2021. Resultados: A análise da metilação do DNA permite a identificação de alterações na região promotora do gene, nos sítios CpG que podem estar hipermetilados – quando há o silenciamento do gene BRCA1 – ou hipometilados – quando não há o silenciamento do gene BRCA1 (2). Devido ao envolvimento da metilação do DNA com o câncer ovariano, a metilação nos sítios CpG no gene BRCA1 apresenta um alto potencial como biomarcador. Portanto, analisar anomalias na metilação do DNA, nos sítios CpG, significa que não seria necessário codificar todo o gene para identificar se há uma mutação no gene BRCA1. Um dos métodos mais conhecidos e mais utilizados é o método que envolve o bissulfito na conversão de citosina em uracila. Citosinas metiladas não serão convertidas e inúmeros métodos podem ser utilizados na identificação de CpGs que não foram convertidas (1). Conclusão: Alterações na metilação do DNA, nos sítios CpG do gene BRCA1, apresentam um alto potencial como biomarcadores, mesmo sendo algo novo na área. Portanto, mais estudos são necessários para aperfeiçoar o entendimento deste biomarcador como prognóstico e diagnóstico do câncer ovariano.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.