Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial forrageiro e o valor nutricional do feno de diferentes frações da parte aérea de quatro variedades de mandioca. Utilizou-se um delineamento em blocos casualizados, esquema fatorial 4 x 3, com quatro repetições, composto de quatro variedades de mandioca (Amarelinha, Olho Roxo, Periquita e Sabará) e três formas de aproveitamento da parte aérea (Planta Inteira, Terço Superior e Sobras de Plantio). A variedade Periquita, quando considerada a fração planta inteira, apresentou maior potencial produtivo de feno e forragem. Os maiores valores de relação folha/haste foram encontrados na fração do terço superior. A variedade Amarelinha apresentou menor teor de lignina e fração C dos carboidratos e, juntamente, com a variedade Olho Roxo teve maior valor de nutrientes digestíveis totais. A fração do terço superior apresentou maior teor de proteína bruta e menores teores fibra e lignina, o que foi confirmado pelo fracionamento dos carboidratos. Quanto ao fracionamento proteico, não houve diferença entre as variedades de mandioca, todavia, a fração planta inteira teve menor valor na fração C. Para as frações proteicas B1 e B2 houve efeito de interação das variedades com as frações da parte aérea. A parte aérea das variedades de mandioca avaliadas nas diferentes frações apresenta bom potencial produtivo e os fenos produzidos da parte aérea e do terço superior das variedades Amarelinha e Olho Roxo apresentam melhor valor nutricional.
ResumoObjetivou-se por meio deste trabalho avaliar consumo, produção e processamento do leite de vacas alimentadas com dietas contendo níveis crescentes de ureia. Foram utilizadas 8 vacas 7/8 Holandês/Gir em dois quadrados latinos 4x4, sendo cada quadrado composto de quatro dietas, quatro vacas e quatro períodos experimentais. As dietas foram formuladas para serem isoproteicas, tendo como volumoso a silagem de cana-de-açúcar. Os tratamentos consistiram em níveis crescentes de ureia em substituição ao farelo de soja (0; 0,58; 1,17, 1,75% na MS total da dieta). Os consumos de matéria seca e fibra em detergente neutro não foram afetados pelos níveis crescentes de ureia. Entretanto, o consumo de proteína bruta e extrato etéreo reduziram linearmente com o aumento dos níveis de ureia. Já o consumo de carboidratos não fibrosos apresentou comportamento cúbico em relação aos níveis de ureia. A produção de leite (27 kg/dia), a composição físico-química do leite e do queijo de minas frescal, assim como o rendimento do queijo não foram influenciados pela inclusão da ureia na dieta das vacas. Portanto, conclui-se que, para dietas de vacas em lactação, a base de silagem de cana-de-açúcar, com relação volumoso: concentrado 45:55, a ureia pode ser adicionada em até 1,75% da matéria seca total, sem prejudicar consumo, rendimento, produção, composição físico-química do leite e do queijo de minas frescal.Palavras-chave: bovino, farelo de soja, nitrogênio não proteico, nutrição. AbstractThe objective of this work by evaluating consumption, production and processing of milk from cows fed diets containing increasing levels of urea. 8 cows were used 7/8 Holstein / Gir Dairy in two 4x4 Latin squares, each square composed of four diets, four cows and four experimental periods. Diets were formulated to be isonitrogenous, and as forage silage cane sugar. Treatments consisted of increasing levels of urea in place of soybean meal (0, 0.58, 1.17, 1.75% of the total DM diet). The intake of dry matter and neutral detergent fiber were not affected by increasing levels of urea. However, crude protein and ether extract decreased linearly with increasing levels of urea. The consumption of non-fiber carbohydrates presented cubic behavior in relation to the levels of urea. The production of milk (27 kg / day), the physico-chemical composition of milk and Minas fresh cheese as well as cheese yield was not affected by the inclusion of urea in the diet of cows. Therefore, it is concluded that, for diets of lactating cows, the sugar cane silage basedr, with forage:concentrate ratio 45:55, the urea can be added up to 1.75% of total dry matter without harming consumption, income, production, physico-chemical composition of milk and Minas cheese. IntroduçãoAs despesas com a alimentação contribuem de forma significativa nos custos de produção da atividade leiteira. Entre os itens que compõem a dieta de bovinos leiteiros, os suplementos proteicos são, geralmente, os componentes mais caros. Dessa forma, a utilização de alimentos/ingredientes alternativos que...
Objetivou-se avaliar o comportamento ingestivo de bovinos Nelore submetidos a diferentes níveis de substituição de silagem de sorgo por cana-de-açúcar ou bagaço de cana amonizado com ureia. Foram confinados 35 animais machos não castrados, distribuídos em sete tratamentos: 100% silagem de sorgo; 70% de silagem de sorgo + 30% de cana-de-açúcar; 30% de silagem de sorgo + 70% de cana-de-açúcar; 100% de cana-de-açúcar; 70% de silagem de sorgo + 30% de bagaço de cana amonizado com ureia; 30% de silagem de sorgo + 70% de bagaço de cana amonizado com ureia e 100% de bagaço de cana amonizado com ureia. Todos os animais foram submetidos a observação visual para avaliação do comportamento ingestivo aos 15, 30 e 50 dias do período experimental. O aumento do teor de cana na dieta em substituição à silagem de sorgo, não provocou alterações nos tempos de alimentação, ruminação e ócio dos animais. Já a substituição da silagem de sorgo por bagaço de cana amonizado com ureia provocou alterações no comportamento ingestivo, reduzindo o tempo de alimentação e aumentando o tempo de ruminação dos animais. O número de ciclos de ruminação e a duração destes ciclos foram afetados por ambos volumosos substitutos. Palavras-chave: ócio, ruminação, tempo de alimentação.
Objetivou-se avaliar a prevalência de mastite, escore de condição corporal e tempo em sala de ordenha em vacas leiteiras mestiças sob diferentes níveis tecnológicos. Os dados foram coletados de 110 vacas, a partir de duas visitas em dez propriedades leiteiras, representando os níveis tecnológicos baixo, médio e alto. Foram registrados o tempo de permanência em sala de ordenha e o tempo de ordenha. A condição corporal foi avaliada pelo método visual simultaneamente por dois avaliadores, utilizando-se a média dos avaliadores. O California Mastitis Test (CMT) foi realizado após a entrada dos animais na sala de ordenha da manhã. Propriedades de nível tecnológico médio apresentaram maior (P < 0,001) prevalência de mastite subclínica, somando 29,79% entre os escores 2 e 3 de CMT, seguidos pelos níveis tecnológicos alto e baixo, respectivamente. Os tempos de permanência em sala de ordenha e tempo de ordenha não foram influenciados (P > 0,05) pelo nível tecnológico da propriedade. O nível tecnológico alto apresentou menor (P < 0,05) escore de condição corporal (ECC = 2,75). Concluiu-se que a sanidade da glândula mamária e a condição corporal são fatores alterados pelo nível tecnológico da propriedade, porém, os tempos de permanência em sala de ordenha e tempo de ordenha não foram influenciados.
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