O percurso investigativo procurará responder às seguintes questões: quais modelos de produção da política curricular são intrínsecos à BNCC? Quais lógicas curriculares são induzidas pela BNCC? Trata-se de um estudo bibliográfico ancorado em autores que investigam a temática em pauta, bem como de um estudo documental, pois serão analisadas, por meio da análise de conteúdo, matérias divulgadas entre 2017 e 2020 em sites do Ministério da Educação e de dois movimentos compostos por fundações empresariais (BARDIN, 2011). Evidencia-se que a BNCC é apresentada nas matérias analisadas como uma transformação democrática e inovadora para a educação. Entretanto, ao investigar seu processo de construção e o modelo de política curricular adotado, este estudo afirma que a Base reedita modelos historicamente questionados e constitui-se como uma política de centralização curricular.
Neste estudo aborda-se uma reflexão de caráter empírico sobre as orientações legais e propostas educacionais para o Ensino Médio do Campo, considerando as políticas públicas que fazem parte do quadro governamental atual. Procurou-se elencar como foco analítico da pesquisa as teorizações sobre a constituição do conhecimento escolar na referida etapa da Educação Básica. Com base nas dimensões atuais que vêm caracterizando o Ensino Médio, em aproximação à Educação do Campo, compomos um diagnóstico sobre os princípios e fundamentos que norteiam o processo pedagógico e conduzem o sistema escolar no âmbito em questão. Para tanto, decidimos descrever, examinar e problematizar as concepções de conhecimento escolar em documentos de caráter nacional, a fim de verificar os sentidos e as tendências que influenciam os rumos do processo de decisão curricular nas escolas. A presente investigação revelou que, mesmo considerando os avanços que promoveram melhorias no Ensino Médio do Campo, as estratégias para a democratização e a qualificação do ensino são limitadas e insuficientes, já que as teorizações dos Estudos Curriculares indicam para uma educação comprometida com o conhecimento escolar e a consequente possibilidade de os estudantes intervirem no mundo de forma qualificada e crítica.
Este estudo apresenta as concepções de protagonismo juvenil dos estudantes de dez escolas que fizeram parte do projeto piloto do Rio Grande do Sul e tem como problemática: o que dizem os estudantes gaúchos a respeito do protagonismo juvenil após três anos de experiência nas escolas piloto? Trata-se de um estudo de caso com dez escolas-piloto do Rio Grande do Sul, que teve como sujeitos os estudantes do ensino médio. A pesquisa caracteriza-se como básica, exploratória-descritiva e qualitativa-quantitativa. Os dados coletados foram coletados por meio de um questionário e grupos focais. O referencial teórico adotado é pluralista e discute as concepções de juventudes, os níveis de participação juvenil na escola e a relação entre os documentos normativos e as práticas escolares (COSTA E VIEIRA, 2006; DEMO; SILVA, 2020; WELLER; 2014; CORTI; 2019; MOLL; GARCIA, 2014). Os resultados da pesquisa apontam que, por enquanto, nas escolas pesquisadas, está ocorrendo um pseudoprotagonismo juvenil, por meio de escolhas administradas e direcionadas dos itinerários formativos, as quais não têm contemplado a multiplicidade de interesses dos estudantes desapontando-os. No entanto, há a identificação do processo de escolha como uma novidade que agrada-os. Palavras-chave: Protagonismo juvenil; Reforma Ensino Médio; Lei 13.415/2017.
O presente artigo tem por objetivo analisar as percepções de professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul (RS), a fim de identificar se eles se percebem como protagonistas no processo de elaboração e de implementação da reforma educacional do novo ensino médio. Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, exploratório-descritiva quanto aos seus objetivos, qualitativa-quantitativa quanto à abordagem do problema e um estudo de caso quanto aos procedimentos. O estudo está ancorado teoricamente na perspectiva epistemológica pós-estruturalista da teoria da atuação de Ball, Maguire e Braun (2016), na perspectiva sócio-histórica do currículo de Goodson (2019) e na perspectiva crítica de Masschelein e Simons (2018) e Laval (2004). Os dados foram coletados em dez escolas pilotos do RS por meio da aplicação de questionários e realização de entrevistas com professores e gestores. O estudo apresentado é um recorte de uma pesquisa interinstitucional a respeito das políticas curriculares para o ensino médio. Os resultados mostram que a reforma do ensino médio foi concebida e é executada por meio de relações externas de mudança. Nesse contexto, os professores veem a si mesmos como espectadores, destinatários ou, ainda, entregadores de um pacote formativo, apesar de considerarem que devem ser ouvidos e envolvidos nos processos de reforma; portanto, as mudanças acontecem sem uma discussão acerca da carreira e condições de trabalho do professor.
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