Ao se iniciar as avaliações diagnósticas e os atendimentos multidisciplinares de crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social (dos quais, usuários de drogas e vítimas de abuso físico e sexual), atendidos pelo Programa Equilíbrio, os profissionais envolvidos, dentre eles psiquiatras, pediatra, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, psicopedagogos, fisioterapeuta, perceberam que uma série de adaptações deveria ser feita para realizar a abordagem e a anamnese dessa população.As alterações de comportamento, com agressividade física e verbal, inúmeras vezes, pareciam substituir o comportamento e a comunicação socialmente estruturados. Iniciar intervenções psicoterápicas ou mesmo orientar crianças a não gritarem e mostrar a elas que se consegue alcançar o respeito das pessoas quando se utiliza uma comunicação e um comportamento menos agressivos, é praticamente impossível se não for feita uma sensibilização antes a essas crianças. No entanto, minimizar a função das ameaças e do gritar é um ledo engano. Essa forma de expressão nas ruas é fundamental e, inúmeras vezes, está relacionada à sobrevivência e a uma importante possibilidade de expressão do sentimento de ser ignorado pela sociedade -é uma forma de ser visto e ouvido em suas necessidades e desejos. Também em abrigos, os episódios de agitação psicomotora podem ser interpretados como manifestações claras da necessidade de atenção individualizada. Assim, tem-se de considerar que essa forma de comportamento e expressão, física e verbal, faz parte do processo de interação dessas crianças com o mundo à sua volta e tem sua função. Imaginar que deixarão de serem agressivas ou que terão um comportamento "mais educado e adequado" é impossível, pois esse é o comportamento esperado e adaptado ao ambiente agressivo em que se encontram. Querer que essas crianças abandonem a linguagem transmitida por suas famílias e entorno social seria como apagar parte de suas histórias. É inviável o trabalho de prevenção, a promoção de saúde ou a reabilitação de algum transtorno físico, psíquico, emocional ou fonoaudiológico, quando o meio onde essas crianças vivem não valoriza e não respeita os indivíduos que não gritam ou não são agressivos. Assim, quando deixam as ruas e são acolhidas em abrigos, o trabalho terapêutico multidisciplinar tem como objetivo inicial ajudá-las a se adaptarem a esse ambiente mais favorável para seu desenvolvimento, um contexto menos agressivo e ameaçador, no qual podem parecer desajustadas inicialmente, levando a diagnósticos precipitados, como transtornos de conduta, transtornos de impulso, transtornos de desatenção e hiperatividade, que não se mantêm ao longo do tempo.Uma criança que sai de casa aos 6 anos de idade e vive até os 11 anos nas ruas de uma grande cidade está adaptada para viver em um ambiente assim, mas poderá ficar bastante inadequada em uma sala de aula. Na rua, ela desenvolveu recursos necessários para sobreviver neste contexto: reage rapidamente, não fica muito tempo parada em um mesmo local, é impul...
Purpose: to evaluate the phonological working memory abilities and check possible influences of impulsivity in patients just included in treatment at the program for Alcohol and Drug users at the Center for Integrated Mental Health Care of Irmandade da Santa Casa de Misericordia de São Paulo (ISCMSP -CAISM-SP, Portuguese initials). Method: 29 patients: 21 males and 8 females, drug users, 37,9 ± 10.5 years old, 10.59 ± 3.53 years of schooling; And 30 volunteers: 19 males and 11 female, 32,4 ± 11,9 years old and 11.07 ± 3.29 years of schooling, without psychiatric history or substance abuse participated freely. The individuals were asked to attend the specific evaluation, aiming to assess: 1) phonological working memory for words and pseudowords, 2) impulsivity in its second order factors (attentional impulsiveness, motor and non-planning). Results: performance in the evaluation of phonological working memory of the individuals of drug users group compared to the control group showed a reduction in both, auditory word and pseudowords span , as well as the total number of correct words and pseudowords recall. In the evaluation of impulsivity, the group of drug users showed higher scores comparing to control individuals in all subtypes of impulsivity, including the total score of impulsivity. There were no correlations between impulsivity scores and word and/ or pseudowords span. Conclusion: this pattern of responses indicates impairment in verbal working memory processing and high level of impulsivity in this population of chronic drug users. The poor performance of chronic drug users on tests of phonological working memory is probably not due to increased impulsivity observed. The present results could helptreatment strategies planning focused on the detected changes.
The prevalence of vocal change was greater than that observed in the general population, with significant associations with communication disorders and global functioning. The results demonstrate that the situations these children experience can intensify the triggering of abusive vocal behaviors and consequently, of vocal changes.
Cartas aos editores 340Rev Bras Psiquiatr. 2006;28(4):339-42 effects of milnacipran on anxiety, it has been reported to be efficacious in the treatment of depression in patients with schizophrenia spectrum disorders. 5Six outpatients (4 males, 2 females) diagnosed with schizophrenia according to the DSM-IV and intense anxiety symptoms, although not meeting the criteria for any DSM-IV anxiety disorder, were studied in order to determine the efficacy of milnacipran in reducing anxiety symptoms in this population. All patients were under treatment with clozapine for refractory schizophrenia.The mean age of the subjects was 35 ± 5 years. The mean daily doses of clozapine and milnacipran were 700 mg and 100 mg, respectively. All subjects were submitted to blood workups as recommended for clozapine-treated patients. No hematologic abnormalities were found in this group.The efficacy of milnacipran in reducing anxiety symptoms, as characterized according to the Hamilton Anxiety Scale (HAM-A), which was applied before treatment (T0), after 4 weeks of treatment (T4) and after 8 weeks of treatment (T8). The Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS) was also applied at T0, T4 and T8 in order to evaluate possible worsening of schizophrenia symptoms due to treatment with the antidepressant. Comparisons between groups were made using paired Student's t-tests. Table 1 shows the demographic data for the patients treated with milnacipran, as well as variations between T0 HAM-A and BPRS scores and those obtained at T4 and T8. The mean HAM-A scores decreased significantly (p = 0.014) from T0 (32 ± 7) to T4 (27 ± 9), remaining stable between T4 and T8 (28 ± 10; p = 0.523). From T0 to T8, a trend toward decreasing HAM-A was found (p = 0.069). The mean BPRS score remained virtually unchanged (p = 0.087) from T0 (71 ± 18) to T4 (67 ± 21), from T4 to T8 (66 ± 24) (p = 0.884) and from T0 to T8 (p = 0.326). No patient reported adverse effects related to the treatment.Clearly, the small size of our sample precludes generalization, and studies involving larger samples are needed to confirm these findings. However, our results suggest that milnacipran might be effective in reducing anxiety symptoms in the fourth week of use, and this effect might be maintained until the eighth week of use. In addition, the tolerability profile and the low potential for drug interactions presented by milnacipran could make it a very useful alternative for treating anxiety in patients using clozapine, without the risk of drug interactions and worsening psychotic symptoms.
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