Fundamentado nos Estudos Feministas, Culturais e de Gênero, este texto analisa a relação de meninos e dança, a partir do caso do Rodrigo, praticante de balé e hip-hop, especialmente as condições de possibilidade que constituíram a prática dele. Foram realizadas observações etnográficas e entrevistas. Após a discussão sobre gênero e sexualidade na infância, analisou-se o caso de Rodrigo e discutiu-se a questão da dança e masculinidades, destacando que a experiência se deu desde o ensino infantil e com apoio da família, o que ilustra linhas de fugas possíveis na norma heteronormativa. Finaliza este trabalho uma reflexão sobre as condições de possibilidade às quais Rodrigo teve acesso para a prática do balé, apontando como elas possibilitam pensar sobre a relação práticas corporais e gênero/sexualidade.
O objetivo deste artigo é reconstruir a história da inserção do Método Pilates no Brasil, com foco na relação entre a formação de algumas de suas instrutoras pioneiras e os investimentos necessários para a implantação da prática no país. Para tanto, a pesquisa fundamenta-se na História Cultural e na História Oral com a realização de seis entrevistas. Da análise das entrevistas e no diálogo com outras fontes tais como livros e artigos, destacamos que sua inserção no Brasil se dá por intermédio de pessoas que fizeram sua formação nos Estados Unidos e que envolvem três diferentes linhas de intervenção. A consolidação do Método acontece quando se dá a implantação de locais com equipamentos específicos, ampla divulgação e, sobretudo, a formação de novos instrutores no próprio país.
Renata Neves Leite, instrutora da Confederação Sul-Americana de Futebol, ex-árbitra de futsal da Confederação Brasileira de Futebol de Salão – Futsal e da Federação Paulista de Futsal e primeira arbitrar a atuar no Campeonato Mundial de Futsal Masculino é uma mulher nordestina da cidade de Monteiro na Paraíba. O objetivo deste texto é analisar sua trajetória esportiva como árbitra de futsal, sua formação, sua atuação e sua representatividade. Para tanto utilizamos como fonte documentos de seu acervo pessoal e cinco entrevistas de História Oral. Sua trajetória única traz reflexões a cerca do combate dos preconceitos ainda existentes, da atuação das mulheres no esporte e da importância da representatividade.
Fundamentado no aporte teórico-metodológico da História Oral, este texto analisa os dez Centros de Memória da Educação Física e Esporte existentes nas universidades federais brasileiras, considerando seus objetivos, funções e estratégias de ação. Para tanto, foram realizadas 36 entrevistas com pessoas que criaram e participaram dessas iniciativas, as quais foram cotejadas com outras fontes documentais. Ao analisarmos essas diferentes fontes, identificamos o quanto esses lugares são representados como espaços que guardam, recuperam, preservam, produzem e divulgam memórias. Por estarem vinculados a instituições universitárias outras funções são mencionadas, notadamente, no que se refere à produção de conhecimento e à formação de pessoas.
Objetivamos explorar a interpretação de imagens de lutadoras de artes marciais mistas (MMA) postadas no Instagram. Nos apoiamos nos debates pós-estruturalistas, especialmente aqueles que tratam do corpo e gênero. Para a coleta de dados, utilizamos dois grupos focais com estudantes universitários(as), um constituído por mulheres e outro por homens. A partir de uma análise de conteúdo, quatro categorias discursivas emergiram das interações grupais. Evidenciamos a permanência de estereótipos usuais sobre a participação da mulher no esporte, com o olhar dos homens tendencioso para a objetivação do corpo das lutadoras. As mulheres mostraram-se mais sensíveis às feminilidades plurais. A tendência de comparação entre atletas masculinos e femininos foi observada em ambos os grupos. Constata-se que a autoapresentação das lutadoras negocia, em certa medida, com a inconformidade de uma feminilidade hegemônica no espaço do Ultimate Fighting Championship (UFC).
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