Resumo Objetivou-se caracterizar a oferta de alimentos nas cantinas de escolas públicas estaduais de Curitiba, Paraná, e investigar associação da oferta de alimentos permitidos/não permitidos pela Lei das Cantinas, com variáveis da escola e da cantina. Foi realizado estudo transversal com entrevista aos administradores de cantinas em 27 escolas estaduais e foi utilizado o teste de Mann Whitney para investigar associações. Verificou-se maior frequência de administração das cantinas por autogestão (n = 25; 92,6%); local adequado na escola para realização das refeições (n = 20; 74,1%); tempo na administração do local superior a 10 anos (n = 13; 48,2%) e de administradores que referiram conhecer a Lei (n = 22; 81,5%). Mais de 2/3 das cantinas comercializava alimentos não permitidos, tais como bebidas açucaradas (n = 22; 81,5%) e doces, pipocas e salgadinhos industrializados (n = 13; 48,2%). Apenas uma (3,7%) ofertava salgados fritos. Somente a oferta de ensino técnico associou-se à maior disponibilidade de alimentos permitidos pela legislação (p = 0,033). As cantinas avaliadas podem ser caracterizadas como locais de oferta de alimentos não permitidos pela Lei da Cantina Saudável. Destaca-se a importância da regulação e da fiscalização da comercialização de alimentos nas cantinas para promoção de saúde nas escolas.
Resumo Objetivou-se estimar a frequência do consumo regular de café da manhã (cinco ou mais vezes na semana) entre adolescentes e investigar sua associação com variáveis demográficas, turno escolar e trabalho, comportamentos relacionados à saúde, práticas alimentares e consumo de alimentos. Realizou-se estudo transversal em 30 escolas estaduais de Curitiba, Paraná, entre março de 2016 e maio de 2017, com participação de 1.232 adolescentes. A prevalência de consumo regular de café da manhã foi de 58,6% (IC95% 53,9; 63,2). Após análise ajustada observou-se maior consumo regular de café da manhã entre adolescentes que: frequentavam os turnos vespertino e intermediário/integral; realizavam atividade física supervisionada; relatavam dormir mais que oito horas/noite; relatavam almoçar e jantar com a família todos os dias e; realizavam quatro refeições ou mais por dia. A frequência semanal do café da manhã foi associada ao maior consumo de leite e derivados, e ao menor consumo de macarrão instantâneo e refrigerantes. Destaca-se que o hábito de realizar o desjejum esteve associado com práticas alimentares e hábitos saudáveis, reforçando seu valor enquanto marcador de outros comportamentos relacionados à saúde. Sua realização deve ser incentivada entre os adolescentes.
This cross-sectional study investigated the association between alcohol use by adolescents and the availability of alcohol outlets in the neighborhood of public schools. We collected primary data including variables at individual and school neighborhood level. Multilevel logistic regression was used to estimate odds ratio (OR) with a 95% confidence interval (95%CI) for alcohol use with the exposure variables. A total of 18.4% (95%CI: 13.2; 24.1) of adolescents reported using alcohol, which was associated with variables on the individual level such as being 18 years or older, working, and having previously smoked. Lower alcohol use was observed among adolescents from schools that were located 250m or more from alcohol outlets (OR = 0.29; 95%CI: 0.17; 0.48). Actions to reduce the use of alcohol among adolescents should take student’s and school neighborhood’s characteristics into account.
RESUMO Objetivo: Avaliar a associação entre presença de equipamentos públicos de comércio de frutas e hortaliças com seu consumo regular por adolescentes de escolas públicas de Curitiba, Paraná. Métodos: Informações dos adolescentes foram coletadas por meio de questionário. Considerou-se como regular o consumo de frutas e hortaliças cinco ou mais vezes na semana. Foram incluídos dados do ambiente obtidos por auditagem de equipamentos públicos de venda de frutas e hortaliças no raio de 1,6 km do entorno de 30 escolas estaduais aleatoriamente sorteadas, no qual foram avaliados a disponibilidade e os preços desses alimentos. Resultados: Participaram do estudo 1.232 alunos de 30 escolas estaduais. O consumo regular de frutas foi referido por 43,4% e de hortaliças por 67,0% dos adolescentes. Nas escolas, o consumo de frutas variou entre 26,8 e 68,0% e o de hortaliças entre 54,8 e 82,2%; 22 escolas contavam com oferta de frutas e hortaliças no entorno. O consumo regular de hortaliças esteve correlacionado positivamente com a sua variedade (r=0,82; p=0,007). O índice de Moran local indicou baixo consumo de frutas em uma regional de alta oferta e, em outras três, alto consumo de frutas e hortaliças para baixa oferta e alto consumo de hortaliças em uma regional de alta oferta. Conclusões: Existem diferenças na oferta de frutas e hortaliças dos equipamentos públicos no entorno escolar e na distribuição do consumo regular entre as regionais. Características relacionadas à densidade de equipamentos de comércio e à variedade estiveram associadas ao maior consumo de frutas e hortaliças entre os adolescentes de escolas públicas.
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