Este artigo busca discutir, numa perspectiva teórico-prática, os princípios do Bem Viver na relação com o protagonismo das mulheres do quilombo Arruda. Assim o fazemos, com o interesse na reflexão acerca do Movimento Social das Mulheres quilombolas na comunidade de Arrudas - CE, diante dos preceitos do Bem Viver. Opta-se por enfocar a dimensão política de suas reivindicações e propostas, procurando fazer com que a análise contribua para refletir sobre as políticas públicas em seus próprios termos. Além disso, analisa-se a ação do coletivo e sua autoatribuição como mulheres quilombolas, atendendo a possíveis conexões e desligamentos com outros feminismos, a fim de traçar a lógica da política em face à valorização do papel da mulher. Essa análise permite vislumbrar como as mulheres quilombolas se movem entre essas duas lógicas de ação, mas também incita agendar discussões que dizem respeito antropologicamente à relação entre ontologia e política. Para dar conta desse interesse de pesquisa, adotamos como metodologia revisão de literatura com aportes qualitativos. Por fim, podemos afirmar a relação em torno do movimento social de mulheres e os preceitos do Bem Viver.
O presente artigo objetiva discutir o conceito de quilombo sob uma perspectiva histórica e teórica valendo-se de uma revisão bibliográfica sobre o tema. Adota como objeto de investigação a delimitação do conceito de comunidade quilombola a partir de suas origens em território africano, sua inserção na realidade brasileira e, por fim, com enfoque no estado do Ceará e, mais especificamente, na região do Cariri cearense, abordando uma comunidade quilombola específica, o Sítio Arruda. Constatamos que, em sua constituição africana, o quilombo tratou-se de uma instituição social revolucionária. No entanto, os quilombos no Brasil foram se distanciando do modelo africano, construindo trajetórias próprias. O conceito de quilombo (kilombo) passou a ser sinônimo de povo negro e deve ser compreendido como um marco de resistência e organização. A partir da década de 1970 também ocorre o fortalecimento dos movimentos sociais negros. Tal fenômeno, somado às mudanças advindas da Constituição de 1988, terá como resultado o reconhecimento do direito ao território às comunidades negras. No Estado do Ceará persistiu a falsa ideia de ausência dos negros. No entanto, durante a década de 1980, iniciou-se um processo de “descoberta” de agrupamentos negros evidenciando a forte presença quilombola no Estado e a constituição do movimento negro. Finalmente, a partir da constituição identitária da comunidade quilombola Sítio Arruda vemos que as migrações para a região do Cariri cearense devem ser consideradas como um fator importante na formação e consolidação do contexto quilombola local.
Esta obra, dirigida a docentes de educación media y superior en el área de humanidades, explora diversas formas de detectar y exponer el racismo mediante objetos literarios o audiovisuales. El texto parte de la certidumbre de que la institución escolar a menudo es cómplice del racismo, no solo al pasar por alto el comportamiento y trato entre su personal, sino, fundamentalmente, al callar las perspectivas excluyentes que atraviesan todo el sistema educativo. Este libro aspira a sumarse a la ineludible y urgente discusión sobre el racismo en el país al ofrecer varias entradas teóricas y aplicadas para la reflexión y el trabajo en el aula.
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