As condições de cristalização (P, T, ƒO2) de granitos alcalinos (tipo-A) nos domínios Rio Piranhas-Seridó e São José do Campestre (NE da Província Borborema) foram reavaliadas a partir da aplicação simultânea de múltiplos geobaromômetros e geotermômetros e modelagens de cristalização. Os corpos estudados são os plútons Caxexa, Serra do Algodão, Serra do Boqueirão, Olho D’Água, Japi e Serra Negra do Norte e o stock Flores. Os resultados mostram pressões de alojamento entre 3,0 e 3,7 kbar (~11–14 km em profundidade), à exceção do plúton Japi, com pressões médias de 5,3 kbar (~20 km). Os modelamentos resultam em temperaturas de liquidus entre 885–917 e 818ºC para o stock Flores, e solidus entre 660 e 700ºC. Egirina-augita, magnésio-ferri-hornblenda e biotita cristalizam-se entre 813–822, 728–751 e 750–789ºC, respectivamente. Entre os acessórios, o geotermômetro Zr-em-titanita retorna temperaturas da ordem de 780ºC (máximas de 830ºC) para o plúton Caxexa. A cristalização ocorreu sob condições essencialmente oxidantes para a maioria dos plútons (+1,0 < ΔQFM < +2,1), à exceção do stock Flores, formado sob condições levemente mais reduzidas (ΔQFM ≈ 0,0). Os plútons associados a zonas de cisalhamento regionais são mais enriquecidos em álcalis e, em média, mais profundos, reforçando o papel do controle estrutural na colocação e no contraste químico entre os granitos. As novas estimativas são mais acuradas e contribuem para o melhor entendimento da evolução do magmatismo granítico alcalino na porção setentrional da Província Borborema.
O Batólito Catolé do Rocha, situado no Domínio Rio Piranhas-Seridó da Província de Borborema (Nordeste (NE) do Brasil), é um importante representante do magmatismo ediacarano pós-colisional que acometeu essa região. Ele inclui sienogranitos e quartzo sienitos metaluminosos a ligeiramente peraluminosos, rochas básico-intermediárias e, subordinadamente, diques e/ou bolsões de microgranitos menores. Esse batólito é tido como representante da suíte cálcio-alcalina de alto K, que inclui principalmente granitos de afinidade química próxima aos de tipo-I caledonianos. Contudo, são diversas as evidências litoquímicas que aproximam o batólito aos magmas de tipo-A. As rochas graníticas são álcali-cálcicas a alcalinas, possuem caráter ferroano, concentrações significativas de elementos litófilos de raio grande (LILE) e de alto potencial iônico (HFSE) e enriquecimento de terras-raras leves (LREE) sobre pesados (HREE). Suas assinaturas químicas permitem classificá-los como granitos de tipo‑A2 pós-colisionais. Estimativas geotermobarométricas apontam cristalização sob pressões de 4,6 – 6,3 kbar (~16 – 24 km de profundidade) e temperaturas entre 950 – 750°C, em condições de baixa fugacidade de oxigênio (-4 < ΔQFM < -1). Evidências químicase distintas condições redox estimadas para os granitos e rochas básico-intermediárias do batólito sugerem que se trata de magmas distintos, com misturas do tipo mixing e mingling locais. A origem do batólito parece estar relacionada a fontes enriquecidas (metassomatizadas), com diferenciação controlada principalmente por processos de cristalização fracionada.
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