No Brasil apenas 11,5% dos jovens entre 17 e 24 anos conseguem chegar ao ensino superior. Como ampliar o acesso e alcançar uma maior eqüidade, com uma formação de qualidade, é uma questão central da política educacional. Na última década, foram propostas soluções referentes à ampliação do acesso e maior eqüidade através da diversificação do sistema com a criação de novos tipos de IES, novos tipos e modalidades de cursos, bem como da proposta de políticas inclusivas e de ações afirmativas (PROUNI e política de cotas). A análise de dados estatísticos, entrevistas, documentos, legislação revelam o cenário atual: a ampliação do acesso, bem como a implantação de políticas de inclusão deram-se, especialmente, pelo sistema privado de educação superior, produzindo um efeito socialmente perverso de democratização.
RESUMOO artigo trata da constituição do campo de estudos sobre ensino superior. Vinculado ao reconhecimento da importância do ensino superior nas sociedades contemporâneas, a emergência desse novo campo de estudos é relativamente recente: surge nos anos 1970 nos Estados Unidos e se dissemina nas décadas seguintes para outras partes do mundo. No Brasil, embora já se evidencie, nas décadas 1940 a 1970, uma significativa produção acadêmica sobre a universidade, seus papeis na sociedade e modelos de organização -ressoando períodos de criação e de reforma da universidade no país -, é somente no final dos anos 1980 que o sistema de ensino superior e as instituições que o compõem se tornaram objeto de estudos e as pesquisas passaram a ser realizadas por grupos/núcleos e centros de investigação. Ao chamar a atenção para este novo campo de estudos, o artigo também ressalta a atualidade e pertinência nos debates envolvendo questões como igualdade de oportunidades, desigualdades sociais, estratificação e diversidade, investimentos em políticas sociais, decisões estratégicas em relação à formação de quadros profissionais e ao desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no mundo globalizado. Palavras-chave: ensino superior; pesquisa; sociologia.
Este artigo discute a compreensão que Niklas Luhmann tem de complexidade, sua função na teoria e os diferentes modos de sua utilização. Parte-se da mudança paradigmática que ocorreu no campo da Ciência em geral, com a ruptura do modelo newtoniano. No século XX, o paradigma da ordem, da simetria, da regularidade, da regulação do intelecto às coisas, entra em crise. A partir de novas formulações da Física, da Química, etc. ergue-se um novo universo sobre bases radicalmente opostas às da Ciência moderna. Há a reabilitação do caos, da irreversibilidade processual, do indeterminismo, do observador e da complexidade. Este novo ambiente conceitual serviu de substrato para a reflexão teórica de Niklas Luhmann. Através da Teoria dos Sistemas Sociais, ele propõe a redução da complexidade do mundo. Sistemas sociais têm como função a redução da complexidade pela sua diferença com relação ao entorno. Ao reduzir complexidade, por outro lado, ele também constrói sua própria complexidade. Luhmann define complexidade quando já não é possível que cada elemento se relacione em qualquer momento com todos os demais. Complexidade obriga a seleção, que significa contingência e risco. Luhmann aprofunda o conceito de complexidade ao introduzir a figura do observador e da distinção complexidade como unidade de uma multiplicidade. Luhmann trata ainda do limite de conexões de relações, do fator tempo, da auto-referência das operações e da representação da complexidade na forma de sentido. Por fim, o artigo trata da complexidade no sistema da ciência, o modo como este reduz complexidade interna e externa, segundo uma base operativa própria.
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