Em um cenário de pandemia, a manutenção preventiva de edifícios encontrou um obstáculo, a avaliação presencial. Neste contexto, a ferramenta online Google Street View surgiu como uma hipótese de solução para que as inspeções no patrimônio inventariado das cidades seguissem, pois, devido à importância desses edifícios para as cidades é fundamental que se garanta a sua longevidade. O presente artigo busca averiguar a confiabilidade da ferramenta Google Street View para acompanhar a evolução de manifestações patológicas em fachadas do patrimônio histórico da cidade de Santa Cruz do Sul. Para isso, são comparadas as informações das imagens obtidas através da ferramenta dos anos de 2011 e 2019 com fotografias feitas no ano de 2021 de 12 edificações integrantes do inventariado arquitetônico municipal, escolhidas com base em critérios como visibilidade do edifício pela ferramenta nos anos de análise, acesso à fachada e suas dimensões, presença de vegetação ou mobiliário urbano em frente à edificação, dentre outros. A partir do estudo realizado é possível afirmar que a ferramenta Google Street View não é totalmente confiável para verificar a evolução das manifestações patológicas ao longo do tempo em fachadas, mas pode ser uma boa opção para identificar quais manifestações patológicas serão observadas nas fachadas das edificações ao longo do tempo.
Fachadas antigas, em sua maioria, possuem revestimento com argamassa à base de cal, porém no início do século XX o cimento penteado começa a ser utilizado. Muitos danos observados em bens de valor cultural estão associados à falta de interesse em sua salvaguarda. A preocupação com a preservação dessas edificações impulsionou este estudo acerca do centro histórico da cidade de Bagé. O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da conservação do cimento penteado como testemunho histórico a partir da investigação do estado de degradação desses bens. A metodologia empregada consistiu na identificação, seleção e definição da amostra, levantamento de campo, tratamento e análise do material coletado e elaboração dos mapas de danos. Através dos resultados foi possível observar que os bens selecionados são representativos na ambiência da cidade. Os mapas de dados demonstraram que as manifestações patológicas mais recorrentes foram as manchas, presentes do embasamento ao coroamento das edificações.
A fachada da edificação é o elemento que está mais exposto à ação dos agentes de degradação e a argamassa de revestimento é o que confere proteção contra as intempéries protegendo o substrato. As fachadas antigas, em sua maioria, possuem revestimento com argamassa a base de cal aérea, porém no início do século XX o cimento penteado começa a ser utilizado e muitas características foram atribuídas ao novo material. As edificações históricas, devido ao seu longo tempo de existência, necessitam de cuidados maiores quanto aos danos apresentados. A preocupação com a preservação e descaracterização de bens salvaguardado são impulsionadores para o estudo acerca de edificações localizadas nos centros históricos. Através do conhecimento dos revestimentos utilizados nas fachadas antigas, seja pela técnica, seja pela característica dos materiais, será possível entender a degradação desses bens e estabelecer diretrizes para conter os avanços. A partir disso, o objetivo deste artigo é mostrar a incidência das principais manifestações patológicas encontradas nas fachadas de duas edificações inventariadas no centro histórico de Bagé/RS, revestidas com cimento penteado. Como metodologia será realizado o mapa de danos para o levantamento das manifestações patológicas nas fachadas. Como resultado, constatou-se que as fachadas possuem diversas anomalias no revestimento com destaque para manchas de umidade, fissuração e aplicação de material sem causa conhecida. Palavras-chave: manifestações patológicas, conservação, fachadas, patrimônio cultural, cimento penteado.
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