O cultivo de soja destaca-se no cenário internacional como um produto expressivo na pauta de exportação do país. Assim, conhecer as relações de produção, entre elas a tecnologia e o trabalho, pode proporcionar informações relevantes principalmente para a tomada de decisão nesse setor. Devido a isso, este artigo tem como objetivo especificar a função de produção do cultivo de soja em grãos para municípios produtores dos estados de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, no ano de 2016, com base no Censo Agropecuário de 2016 e informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Esses estados se destacam na produção de soja por serem os quatros maiores produtores (nessa ordem) durante as últimas 10 safras. Ao utilizar o modelo Cobb-Douglas, como função de produção da soja e as variáveis área plantada, horas de trabalho contratadas e capital (máquinas agrícolas), foi possível estimar os parâmetros de produtividade do trabalho e capital usando o método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). Os resultados apontam que, em média, a produtividade do trabalho no Mato Grosso é maior do que nos demais estados, porém, a produtividade do capital não foi significativa nesse estado.
O mercado de trabalho vem apresentando transformações persistentes ao longo das décadas. No Brasil essa transformação, principalmente com a revolução eletrônica, se intensificou a partir da abertura comercial e financeira do início dos anos 1990. Além do mais, a inserção da mulher na procura de vagas de emprego cresceu nas últimas duas décadas. Porém, mesmo apresentando características semelhantes aos homens, as mulheres recebem salários menores. Outra questão para as mulheres é a maternidade, a legislação na maior parte dos países, inclusive a brasileira, no momento da entrevista de emprego perguntar sobre os planos de engravidar é proibido, porém na prática isso não acontece e as mulheres acabam perdendo oportunidades de emprego. Já a realidade demonstra que as mulheres que apresentam filhos menores têm dificuldades em encontrar empregos e seus salários podem ser menores. Assim, esse estudo procura obter respostas empíricas sobre a questão dos salários das mulheres. O objetivo central é, através de um modelo econométrico com base em Mincer (1974), testar os instrumentos de educação dos pais, background familiar, desemprego, horas de trabalho entre outras, em uma regressão do tipo Two-Stage least squares (2SLS) que visa analisar a estrutura das equações e melhorar os preditores. Os resultados apontaram que as mulheres com filhos menores de 6 anos recebem entre 58% a 85%, dependendo da especificação, menores salários do que as mulheres que não tem filhos pequenos.
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