A partir da Constituição Federal de 1988 no Brasil, ocorreram mudanças substanciais na forma como a saúde era concebida. O conceito de saúde foi então ampliado e vinculado às políticas sociais e econômicas. O objetivo deste trabalho foi relatar as experiências e os atravessamentos da vivência de uma residência multiprofissional em saúde, à partir das contribuições que as políticas públicas têm a oferecer. Trata-se de uma revisão narrativa do tipo relato de experiência. Um estudo de natureza básica, descritivo e de abordagem qualitativa. Destacam-
Introdução: A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio do trato digestivo caracterizado por sintomas gastrointestinais, mudança do hábito intestinal, dor e incômodo abdominal. Mundialmente, sua prevalência é de 10% a 20% na população, podendo atingir ambos os sexos e todas as faixas etárias. Objetivo: Analisar as alterações psicológicas relacionadas ao aparecimento e exacerbação dos sintomas na SII. Método e materiais: Revisão integrativa da literatura, feita através de artigos indexados nas bases Medline e Lilacs, publicados entre 2017 e 2022, em língua inglesa. Utilizou-se os descritores: doença, psicologia e síndrome do intestino irritável, combinados com o booleano AND, e foram incluídos sete estudos na revisão. Resultados: Os estudos indicam que pacientes com alterações psicológicas mostraram ter sintomas mais severos na SII, afetando sua qualidade de vida, seu estado físico, sensação de bem-estar e lazer. Ocorre, nesse contexto, um desregulamento na comunicação intestino-cérebro, o que faz aumentar a carga da doença, bem como seu comprometimento. A exposição ao estresse no início da vida, é um fator que aumenta a chance de desenvolvimento da SII, pois, a presença de um evento estressor altera a comunicação existente dentro do eixo cérebro-intestino-microbiota, que é a via de interação do sistema nervoso central e o trato gastrointestinal. Ansiedade, depressão e estresse constituem-se como condições responsáveis por influenciar diretamente as alterações gastrointestinais na SII, em decorrência de tal comunicação. Essas condições psíquicas também ocasionam distúrbios do sono em pessoas com a síndrome. Considera-se ainda que, os sintomas proporcionam estresse ao paciente, por causarem alterações em sua rotina diária, sendo notória a correlação entre o agravamento da doença e a piora psicológica nesses indivíduos. Conclusão: Fatores psicológicos têm um papel influenciador no estado de saúde e na qualidade de vida, logo, tais podem exacerbar os sintomas na SII. Uma abordagem multidisciplinar composta por modalidades terapêuticas, como dietoterapia adequada e psicoterapia, devem ser empregadas para um melhor manejo desses pacientes.
Introdução: O processo de inserção da psicologia nas políticas públicas e, especialmente, no campo da saúde na Estratégia Saúde da Família (ESF) proporcionou ao psicólogo outras práticas clínicas para além do consultório. O profissional de psicologia, no campo da saúde pública, compõe o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), criado visando aumentar o acesso e a qualidade da Atenção Básica (AB). Objetivos: buscou-se compreender os avanços e desafios existentes na prática da Psicologia na AB. Material e métodos: Este estudo apresenta uma revisão integrativa de literatura. O levantamento bibliográfico foi feito nas bases de dados MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde). Os critérios de inclusão foram: artigos completos publicados nos últimos cinco anos, indexados nos referidos bancos de dados e que contemplassem o objetivo do estudo. Resultados: A partir da análise do material encontrado, destaca-se que a prática do psicólogo nesse campo tem sido marcada pelo uso do modelo clínico tradicional e pelo apoio prestado a ESF, através do matriciamento. Alguns desafios podem ser encontrados nessa área, dentre eles: dificuldades em transpor o modelo clínico tradicional na prática, em decorrência da formação profissional; a falta de conhecimento sobre as políticas públicas; e as dificuldades da atuação pela interdisciplinaridade e pela intersetorialidade. Conclusão: Diante disso, durante a graduação, os estágios supervisionados em Psicologia configuram-se como um instrumento importante para auxiliar a promover a modificação paradigmática do lugar do psicólogo na AB, além de expandirem as conexões entre a universidade, a comunidade e os serviços de saúde. Os estudos investigados apontam para que a Psicologia pense, crie, adeque e aprimore novas e/ou antigas formas de atuação na AB, visando resgatar a cidadania dos usuários e invalidar as barreiras institucionais. Entende-se, ainda, que a psicologia precisa repensar a constituição de um novo tipo de fazer clínico para sua atuação na AB, na qual a coletividade tem a sua produção própria de subjetividade, diferenciada das clínicas e consultórios.
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