A análise de investimentos busca a avaliação e a seleção de oportunidades que darão à empresa um retorno econômico coerente com suas metas. As empresas, de forma a se manterem competitivas no mercado, precisam selecionar projetos relevantes que apresentarão retornos satisfatórios, condizentes com seus investimentos de capital. Para tanto, o aperfeiçoamento das ferramentas gerenciais da empresa torna-se apropriado, em prol de melhorar a escolha de novos empreendimentos. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho foi verificar se a utilização da metodologia Valor Econômico Adicionado (EVA) na análise e precificação de projetos agrega informações e conhecimentos que não seriam alcançados por uma empresa de pequeno porte, com as metodologias utilizadas por ela atualmente. Com esse intuito, foi realizado um estudo de caso descritivo em uma empresa que realiza projetos públicos na área de construção civil, chamada Fator Construções. Ao analisar um projeto que foi executado pela empresa em questão, denominado Projeto A, constatou-se que o custo do capital próprio foi relevante, quando calculado pelo atual método de análise utilizado pela empresa. Porém, quando se calcula o valor presente dos EVAs mensais, é observado que esse projeto não agrega valor à empresa. Com a utilização do EVA, o resultado muda inteiramente, demonstrando a importância de se considerar o real custo de capital na precificação e análise de projetos. A análise do presente estudo evidenciou a sensibilidade do resultado do projeto em relação ao custo do capital próprio. Palavras-chave: EVA. Valor econômico adicionado. Capital asset pricing model. Criação de valor.
As decisões relativas à política de remuneração do capital próprio, como a proporção dos lucros que é distribuída, a forma de distribuição, e seus impactos no valor das empresas, é tema recorrente na literatura de finanças corporativas, com o surgimento de diferentes teorias. O objetivo deste estudo é analisar os impactos decorrentes da escolha entre dividendos e JCP nas empresas de maior representatividade do setor elétrico, no período de 2011 a 2016, tendo como pano de fundo a otimização tributária, sob a ótica da empresa. Apesar de apresentarem similaridades conceituais perante a legislação, ambas as formas de distribuição de resultados possuem diferenças quanto ao regime de tributação em que estão inseridas. Durante o período amostral, verificou-se que quaisquer uma das vezes que se utilizou a distribuição de lucros pela composição entre dividendos e JCP, foi possibilitado um ganho fiscal para a empresa, gerando um impacto na carga tributária. Mesmo com as limitações legais e/ou operacionais impostas para o uso do JCP, tal ganho, segundo a simulação, em média foi superior a R$ 68 milhões, apontando o benefício de se considerar uma combinação de distribuição de resultados.
O objetivo deste estudo é evidenciar fatos estilizados dos fundos de Private Equity no Brasil, a fim de compreender como se dá essa modalidade de investimento no mercado de capitais brasileiro. Para tanto, utilizou-se de dados secundários de 12 fundos que possuem domicílio no Brasil e investem em empresas brasileiras. Os dados foram obtidos através do sistema de informações da Bloomberg. Os resultados mostram que o benchmark mais utilizado pelos fundos estudados foi o DI-Cetip, o Fix TRX Des Imob I possui o maior retorno, o Brasil Invest 2014 I FIP tem o maior risco da amostra, e o Barao Vermelho FIP o menor. Quanto ao tracking error, o fundo que apresentou maior afastamento do benchmark foi o Brasil Invest 2014 I FIP. Além disso, foi observado beta negativo em diversos fundos, o que reforça a ideia de que existem medidas mais adequadas que o beta para avaliar o risco dos países com mercados emergentes. No geral, o fundo FIP TRX Des Imob I apresentou o melhor desempenho dos fundos analisados, não só pela boa performance nos índices IS, IT, Alfa de Jensen e Isor, mas também por ser um dos mais aderentes ao benchmark e possuir uma das menores volatilidades da amostra. Por outro lado, o fundo Brasil Invest 2014 FIP apresentou a menor aderência ao benchmark, além de ser o fundo mais volátil da amostra.
O objetivo deste artigo foi analisar a performance do modelo de cinco fatores de Fama e French no mercado acionário brasileiro, em comparação às dos modelos de três e quatro fatores, bem como verificar se existem prêmios de risco associados às anomalias tamanho, índice book-to-market, momento, lucratividade e investimento. Buscou-se, assim, analisar a eficiência desses modelos como ferramentas de apoio à tomada de decisão financeira em condições de risco. Para isso, utilizou-se a metodologia de Fama e MacBeth. Os resultados das regressões do primeiro passo sugeriram que o modelo de cinco fatores apresenta o melhor desempenho na explicação dos retornos das ações quando comparado aos demais. No entanto, nas regressões do segundo passo, não se verificaram prêmios de risco associados à lucratividade e ao investimento, fatores adicionados ao modelo três fatores. Apenas os riscos relacionados ao mercado, tamanho e índice book-to-market explicaram consistentemente os retornos cross-section das ações.
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