Objetivo: Avaliar a capacidade institucional dos serviços de saúde na percepção dos profissionais no contexto da implantação do Modelo de Atenção às Condições Crônicas explorando as diferenças entre as unidades básicas de saúde. Métodos: Trata-se de um estudo de painel com avaliação antes (2013), durante (2015) e após (2018) a implantação do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) no sistema de saúde com foco em três condições crônicas: Diabetes Mellitus, Hipertensão e gestantes. Nos três momentos, os profissionais de saúde das unidades da atenção primária e especializada avaliaram a capacidade institucional por meio do instrumento Assessment of Chronic Illness Care (ACIC). Resultados: Após a implantação do MACC observa-se um aumento estatisticamente significativo dos escores do ACIC para todas as dimensões em todas unidades de saúde. Conclusão: Na avaliação dos profissionais foi evidenciado ganho importante na capacidade institucional do município para o cuidado das condições crônicas após intervenção no sistema de saúde.
Introdução: As condições crônicas (CC) requerem cuidado longitudinal e integral e que seja oferecido em uma rede de atenção à saúde integrada. Objetivos: Compreender, na percepção dos profissionais, a capacidade do sistema de saúde para atuação nas CC, antes e após uma intervenção no sistema de saúde, tendo a Atenção Primária (APS) como ordenadora do cuidado. Método: Trata-se de um estudo observacional, longitudinal, com avaliação antes (2013) e após (2018) a implantação do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) no município de Santo Antônio do Monte, Minas Gerais, Brasil, com foco em três condições crônicas: diabetes, hipertensão e gestantes. O MACC consiste em organizar o cuidado a partir dos princípios da territorialização, classificação e estratificação do risco, fundamentados na organização da APS no Sistema Único de Saúde (SUS). O instrumento Assessment of Chronic Illness Care (ACIC) proporcionou a avaliação, sendo respondido pelos profissionais da atenção primária e secundária do município. Foram utilizadas ferramentas qualitativas e quantitativas para análise dos dados. Resultados: Na percepção dos profissionais de saúde, ocorreu uma evolução positiva e importante da capacidade institucional do município na atenção às CC, resultando na viabilidade de implantação do MACC na lógica de organização da APS no SUS. Conclusão: O presente estudo mostrou ser possível a organização de um modelo integrado de cuidado às condições crônicas, fundamentado na promoção e prevenção à saúde em municípios de pequeno porte, tendo a APS como coordenadora desse processo.
A publicação da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em 2013, trouxe ao mundo inúmeros posicionamentos que, desde então, tensionam entre os que apoiam bravamente a nova ferramenta diagnóstica capaz de uniformizar os transtornos e os que denunciam seu caráter reducionista, mecanicista e sem fundamentação teórica.O "STOP DSM", manifesto internacional por uma psicopatologia clínica não-estatística, ratificado em Barcelona (2011), teve como objetivo o pronunciamento de critérios clínicos de diagnósticos que repudiavam a imposição de um tratamento único, no qual excluía a diversidade de quadros teóricos. O DSM, em sua quinta edição, recebeu posicionamentos críticos do mundo todo. Dentre os nomes que se posicionaram contra o novo modelo instituído na quinta edição encontramos Allen Frances, médico psiquiatra norte-americano e coordenador da versão anterior, isto é, do DSM-4. Frances se posicionou de forma crítica frente às mudanças construídas no DSM-5 e, portanto, rejeitou participar da elaboração dele, alertando que "nem todos os sintomas e problemas da vida são causados por transtornos mentais e que um diagnóstico malfeito pode ser extremamente prejudicial." (FRANCES, 2015, p.6)
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