A publicação da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em 2013, trouxe ao mundo inúmeros posicionamentos que, desde então, tensionam entre os que apoiam bravamente a nova ferramenta diagnóstica capaz de uniformizar os transtornos e os que denunciam seu caráter reducionista, mecanicista e sem fundamentação teórica.O "STOP DSM", manifesto internacional por uma psicopatologia clínica não-estatística, ratificado em Barcelona (2011), teve como objetivo o pronunciamento de critérios clínicos de diagnósticos que repudiavam a imposição de um tratamento único, no qual excluía a diversidade de quadros teóricos. O DSM, em sua quinta edição, recebeu posicionamentos críticos do mundo todo. Dentre os nomes que se posicionaram contra o novo modelo instituído na quinta edição encontramos Allen Frances, médico psiquiatra norte-americano e coordenador da versão anterior, isto é, do DSM-4. Frances se posicionou de forma crítica frente às mudanças construídas no DSM-5 e, portanto, rejeitou participar da elaboração dele, alertando que "nem todos os sintomas e problemas da vida são causados por transtornos mentais e que um diagnóstico malfeito pode ser extremamente prejudicial." (FRANCES, 2015, p.6)
Esse artigo tem como objetivo verificar a importância da entrevista no processo de avaliação psicológica no contexto do trânsito. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo com revisão narrativa de literatura de artigos encontrados nas bases de dados eletrônicos BVS-Psi, Scielo e Google Scholar, e de resoluções normativas do Conselho Federal de Psicologia que abordassem a temática de Psicologia do Trânsito e de Avaliação Psicológica. A Psicologia do Trânsito, no Brasil, surgiu frente à necessidade de se compreender e avaliar o comportamento dos motoristas, a fim de contribuir para um trânsito mais seguro. Nesse sentido, a avaliação psicológica tornou-se obrigatória no processo de habilitação de motoristas e, como consequência histórica, fez-se a atividade prioritária dos psicólogos do trânsito. Há, contudo, uma confusão por parte de muitas pessoas, inclusive psicólogos, entre avaliação psicológica e testagem psicológica, pois muitos profissionais utilizam apenas os testes psicológicos no processo de avaliação. Constatou-se que a realização da entrevista confere mais eficiência ao processo e maior segurança dos resultados, amparando a tomada de decisão do profissional e tornando o trabalho ético, o que contribui para o trânsito no país. É pela entrevista que há a possibilidade de uma amplitude da avaliação e uma maior fidedignidade nos dados obtidos pelo candidato ou condutor. Dessa forma, faz-se necessária a constante atualização e formação do psicólogo no que diz respeito à técnica e aos procedimentos de avaliação psicológica, para não reduzir a avaliação em testagem, a fim de não causar danos às pessoas avaliadas e nem para a sociedade.
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