RESUMO O artigo visa analisar políticas públicas, práticas diagnósticas e pedagógicas na educação especial, destacando concepções e articulações entre elas, principalmente afetas ao trabalho de psicólogos e professores. Consideram-se aspectos da legislação, no que concerne à educação especial e ao processo diagnóstico, e do trabalho desenvolvido na escola, a partir desses elementos. Baseadas na Psicologia histórico-cultural, nossas reflexões são perpassadas pelo caso de Roberto, aluno do 4º ano, diagnosticado com deficiência intelectual em laudo psicológico, participante de pesquisa cujo objetivo não estava relacionado ao enfoque deste artigo. Aponta-se a predominância da perspectiva clínica nas políticas e nas práticas, assente em concepção individual e biológica da deficiência, para a qual o insucesso é responsabilidade do indivíduo; e também que, a partir dessa perspectiva, as mediações pedagógicas são de baixa qualidade, infantilizadoras, de modo que mais resultam em exclusão e inferiorização do que na aprendizagem e no desenvolvimento do sujeito.
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