Este artigo estuda a relação existente entre a gestão social do desenvolvimento, a performance de organizações da sociedade civil e o perfil de seus líderes. Para tanto, foram realizadas duas entrevistas, por meio da técnica da história oral, com dois gestores fundadores das respectivas organizações onde trabalham, situadas em Salvador e consideradas de reputação. Algumas questões nortearam o estudo qualitativo. Como a história de vida do seu principal gestor contribuiu para a organização ser o que é hoje? Como a sua história de vida se confunde com a história da organização? O que o levou a ser um gestor social e, mais especificamente, a fundar a organização? O que se vislumbra para o futuro da organização? Conclui-se que as organizações e seus gestores estão estreitamente imbricados e o sucesso das organizações reflete a trajetória bem-sucedida de seus líderes.
O debate sobre a importância do campo da história na área de administração ficou restrito, principalmente, aos estudos ligados à história dos negócios ou empresariais, à história da gestão e à história organizacional (Costa, Barros e Martins, 2009). No sentido de ampliá-lo, este artigo apresenta a historiografia do ensino e propõe quatro níveis de pesquisa sobre a história do ensino de administração: a) a vida dos mestres (professores) que construíram campos temáticos, formas de ensinar e instituições; b) os legados de ensino dos programas; c) a história das disciplinas escolares; e, d) a história das instituições de ensino. Além disso, revela as possibilidades teóricometodológicas da historiografia da educação para, desta forma, propor uma agenda de ações no sentido de institucionalizar o subcampo de história do ensino de administração no campo da história da administração. Finalmente, conclui-se com a proposta de se ensinar a história do ensino de administração no Brasil, disciplina que é praticamente inexistente nos currículos da área, mais particularmente, esse tema pode ser um componente curricular de disciplinas ou atividades que se propõem a formar mestres e doutores.
Organizações familiares são freqüentemente concebidas e definidas com base nos critérios de propriedade, gestão e sucessão com relação a membros de uma família consangüínea. Apesar de estudos recentes enfocarem os aspectos subjetivos desta concepção e definição, pouca atenção tem sido consagrada à dimensão das representações. O objetivo deste artigo é aferir as diferentes representações de dirigentes e funcionários que emergem espaciotemporalmente no discurso dos atores organizacionais, a partir da noção de representações familiares. Para tanto, o estudo se sustenta em evidência empírica oriunda do estudo longitudinal do caso de uma empresa familiar. Os resultados da pesquisa revelam um processo de multiplicidade e sincretismo representacional, à medida que a organização, seus dirigentes e funcionários vão sendo representados, ao longo do tempo, com base no repertório familiar. Além das repercussões da noção de sincretismo representacional para os estudos organizacionais e para o estudo de organizações familiares, são também sugeridos direcionamentos para pesquisas futuras.
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