A serapilheira representa um componente de extrema importância na dinâmica nutricional dos ecossistemas florestais, atuando como um agente regulador dos processos de entradas e saídas dos elementos minerais e orgânicos na interface solo-planta. Diante disso, o presente trabalho objetivou caracterizar a produção da serapilheira e a devolução de macronutrientes em um povoamento de Eucalyptus dunnii com cinco anos de idade, na região da campanha sudoeste do bioma Pampa, município de Alegrete, Rio Grande do Sul, Brasil. Para isso, foram instaladas quatro parcelas de 20 m x 21 m, distribuindo-se, em cada uma delas, quatro coletores de área com 0,5 m2. Além disso, dentro de cada parcela foram demarcadas quatro áreas de 7,0 m2 para coleta de galhos grossos (diâmetro > 0,51 cm). As amostras de serapilheira foram coletadas quinzenalmente e separadas nas frações folhas, miscelânea, galhos finos (diâmetro < 0,5 cm) e galhos grossos, sendo posteriormente secas em estufa, pesadas, moídas e submetidas à análise química. A produção total de serapilheira foi de 9,6 Mg ha-1, onde a fração folhas é a maior constituinte (52,7% do total). As quantidades de Ca, N, K, Mg, S e P na serapilheira foram de 109,36; 59,62; 33,99; 21,17; 5,41 e 3,93 kg ha-1, respectivamente, dos quais 72,4% do total foi representado pelo somatório de Ca + N. Portanto, a serapilheira desse povoamento atua na manutenção da fertilidade do solo, o que é importante, já que não se trata de um ambiente natural.