RESUMOEm decorrências das transformações ocorridas no século XX, o contingente populacional de idosos cresceu rapidamente. Associado a este crescimento, ocorreu o fenômeno de transição epidemiológica, com maior incidência de doenças crônicas não-transmissíveis. Este estudo teve como objetivo identificar alguns aspectos sobre as condições de saúde de idosos em tratamento fisioterapêutico no setor de ortopedia da Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da Sudoeste da Bahia. Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal e abordagem retrospectiva. A população foi composta por 131 idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos. Utilizou-se uma ficha de avaliação adaptada para o interesse do estudo, sendo os dados extraídos dos prontuários dos pacientes em atendimento. A partir dos resultados, observou-se que 65,64% dos idosos pertenciam ao sexo feminino, 85,49% apresentaram a dor como queixa principal, 53,43% eram hipertensos, 33,59% possuíam diagnóstico clínico de artrose e 57,25% eram sedentários. Dessa forma, este estudo identificou as condições de saúde dos idosos, contribuindo assim para o planejamento e implementação de políticas públicas voltadas à promoção da saúde, prevenção de incapacidades e enfermidades; além da realização de uma terapêutica adequada com base na funcionalidade e qualidade de vida dessa população.Palavras-chave: Idoso. Condições de Saúde. Fisioterapia. INTRODUÇÃOO envelhecimento caracteriza-se por um declínio das funções dos diversos órgãos, tendendo a ser linear em função do tempo, sem definir um ponto exato de transição. Normalmente, a partir dos 30 anos de idade ocorre a cada ano uma perda gradual de 1% da função (1) . O ritmo de declínio das funções varia não só de um órgão para outro, mas também de idoso para idoso da mesma faixa etária, além de sofrer influência de fatores externos (estilo de vida, atividades e ambiente) e de fatores internos (bagagem genética e o estado de saúde) (1)(2) . Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em relação aos países em desenvolvimento, idosos são indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. Estudos demonstram que nos últimos anos essa população vem crescendo rapidamente. Projeções estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) evidenciam que, em 2025, o Brasil terá 32 milhões de pessoas idosas, podendo ser classificado como o sexto país quanto ao contingente de idosos (3)(4) . O aumento da população idosa é, em síntese, decorrente das transformações ocorridas no século XX com as transições demográfica e epidemiológica. Dessa forma, ocorreu o aumento na urbanização, o decréscimo na fecundidade e na mortalidade (principalmente a infantil) e alterações nos padrões de saúde e doença, o que se refletiu no aumento da expectativa de vida. Conseqüentemente, houve o aumento na incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que resultam em dependência funcional do indivíduo, podendo comprometer a sua qualidade de vida (1)(2)5) . Homens e mulheres vivem e envelhecem de
Resumo A degeneração da coluna vertebral inerente ao processo de envelhecimento, juntamente com o maior tempo de exposição a sobrecargas ao longo da vida, pode tendenciar o idoso a ser acometido pela lombalgia. Neste sentido, este estudo tem como objetivo determinar a prevalência e a caracterização da lombalgia em idosos atendidos no Setor de Geriatria da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, com corte transversal, realizado por meio de investigação de prontuários. Foram analisados 44 prontuários de pacientes portadores de lombalgia, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, a partir de um universo de 131 prontuários de idosos, encontrando-se uma prevalência de 33,6%. Os indivíduos são predominantemente mulheres, com faixa etária entre 60 e 69 anos, e aposentados. Verificou-se que dos 21 (47,73%) dos idosos apresentaram lombalgia de causa desconhecida; 19 (43,18%), dor do tipo crônica; e 26 (59,09%), irradiação para os membros inferiores. A partir deste estudo, constatou-se alta prevalência de lombalgia em idosos, sendo um dado importante para prevenção e intervenção precoce, no intuito de melhorar a qualidade de vida desta população.
Resumo Este estudo teve por objetivo identificar a prevalência e padrão de distribuição do Acidente Vascular Encefálico (AVE) em idosos atendidos na Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Trata-se de estudo de caráter descritivo, com delineamento transversal e abordagem retrospectiva, de agosto de 2005 a agosto de 2006. Foram analisados 48 prontuários de pacientes portadores de AVE, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, através da observação de 120 prontuários de pacientes atendidos no mesmo período. Com a análise dos dados, observou-se que, entre os casos de AVE, 52,1% eram do sexo feminino; 43,75% se encontravam na faixa etária entre 60-69 anos; 39,58% eram aposentados; 64% das mulheres viviam sem companheiro, enquanto 73,91% dos homens viviam acompanhados. Os homens apresentaram maiores taxas de sedentarismo (69,56%), etilismo (39,13%) e tabagismo (39,13%); e em ambos os sexos, os antecedentes familiares mais encontrados foram hipertensão arterial e AVE. Este estudo constatou uma alta prevalência do AVE entre os idosos, além de grande distribuição de fatores de risco e antecedentes familiares. Nessa perspectiva, faz-se necessária a criação de estratégias preventivas para a manutenção da independência e qualidade de vida dos idosos.
INTRODUÇÃO: Os idosos acometidos pelo acidente vascular encefálico (AVE) com presença de alterações de equilíbrio estão mais suscetíveis a quedas, podendo estar envolvidos fatores de riscos ambientais em sua etiologia. OBJETIVO: Correlacionar o equilíbrio e o ambiente domiciliar como risco de quedas em idosos acometidos pelo AVE. METODOLOGIA: Estudo descritivo, transversal, quantitativo, cuja amostra foi de 25 idosos, com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, com história prévia de AVE, residentes na comunidade e atendidos em dois centros e duas unidades de saúde do município de Jequié-BA, selecionados intencionalmente. RESULTADOS: O grupo estudado apresentou uma média de 28,96 (± 15,65) segundos no Timed Up and Go Test, variando de 8 a 70 segundos, sendo que 36% dos indivíduos realizaram o teste em 30 segundos ou mais, apresentando alto risco de quedas. Na Escala Ambiental de Risco de Quedas Adaptada, os domicílios avaliados apresentaram média de 20,12 (± 4,79) pontos, variando de 9 a 27 pontos, em que se verificou que 56% apresentaram pontuação maior que 20, demonstrando alto risco de quedas para os idosos. A correlação entre o equilíbrio dos idosos acometidos pelo AVE com o ambiente domiciliar mostrou-se positiva e estatisticamente significativa (p = 0,039) CONCLUSÃO: A dificuldade de equilíbrio apresentada pelos idosos com AVE associada à alta prevalência de fatores de riscos encontrados no ambiente domiciliar remete a um quadro preocupante, tornando-se necessária a criação de medidas que visem à prevenção das quedas, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dessa população.
ARTIGO ORIGINALRESUMO | Contexto: Com a intensificação do ritmo de trabalho dos bancários aumenta o risco do surgimento de distúrbios osteomusculares, dentre outros fatores que podem comprometer a qualidade de vida do trabalhador. Objetivo: Verificar a associação dos fatores sociodemográficos, ocupacionais, de estilo de vida e sintomas osteomusculares com a qualidade de vida dos bancários do município de Jequié (Bahia). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado com 111 voluntários, os quais responderam um questionário autoaplicado, abordando informações sociodemográficas, ocupacionais, de estilo de vida, de sintomas osteomusculares e de qualidade de vida. Resultados: Observou-se diferença estatisticamente significativa entre os indivíduos com maior comprometimento no domínio físico e os sintomas nos 12 meses, nos últimos 7 dias, afastamento das atividades, procura por assistência e estilo de vida. Constatou-se associação estatisticamente significativa entre o domínio psicológico e o estilo de vida, assim como entre o domínio relações sociais e as variáveis sexo, sintomas nos últimos 7 dias e afastamento das atividades. Conclusão: O maior comprometimento nos domínios físico e relações sociais da qualidade de vida estiveram associados à presença de sintomas musculoesqueléticos entre os bancários. O estilo de vida classificado como ruim apresentou associação com o maior comprometimento nos domínios físico e psicológico nesse grupo de trabalhadores. Espera-se que este estudo possa servir de base para o desenvolvimento de estratégias voltadas não só para promoção de saúde, mas também para a realização de intervenções sobre as variáveis que influenciam na qualidade de vida desse grupo de trabalhadores. Palavras-chave | qualidade de vida; saúde do trabalhador; saúde pública. ABSTRACT | Context:The higher the work rhythm of bankers, the higher the risk of osteomuscular disorders and other factors that may compromise the employee's quality of life. Objective: To verify the association of sociodemographic, occupational, lifestyle factors, and osteomuscular symptoms with quality of life of bankers from the city of Jequié (Bahia, Brazil). Methods: A cross-sectional study was carried out with 111 volunteers that answered a self-administered questionnaire regarding sociodemographic, occupational, lifestyle, osteomuscular symptoms, and quality of life information. Results: A statistically significant difference was found between subjects presenting greater impairment on the physical domain and symptoms in 12 months, during the last 7 days, leave of absence, care seeking, and life style. A statistically significant association of the psychological domain with life style was observed, as well as between the social relationship domain with the variables sex, symptoms during the last 7 days, and leave of absence. Conclusion: The greater impairment in the physical and social relationship of quality of life domains were associated with the occurrence of musculoskeletal symptoms among bankers. Poor lifestyle was associate...
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