Os tipos de sensores utilizados nas medições de ondas frequentemente não identificam a presença de correntes. Isto pode levar a erros na determinação da altura e do comprimento da onda. Utilizando a Teoria da Função de Corrente de Dean, este trabalho procura avaliar os erros existentes nos valores de comprimento de onda, quando se despreza a corrente. Resultados da Teoria Linear também são apresentados para quatro tipos de perfis de velocidade de corrente: uniforme, com vorticidade constante, exponencial e coseno. Os seguintes parâmetros são utilizados para comparação de resultados: o número de Froude, referido ao valor da corrente na superfície; a razão entre a profundidade local e o valor do comprimento de onda em águas profundas pela Teoria Linear na ausência de corrente; e a vorticidade adimensionalizada pela frequência da onda para um observador fixo. Os efeitos da corrente sobre a onda manifestam-se tanto como um desvio de frequência (efeito Doppler) entre aquela observada em um referencial fixo e a frequência intrínseca da onda em relação ao fluido em movimento, quanto na não linearidade do escoamento combinado onda-corrente. Para os casos estudados, os valores do comprimento de onda podem diferir de 5% a 90% em relação ao caso sem corrente.
Boias com acelerômetros, frequentemente utilizadas nas medições de ondas, não identificam a presença de correntes. Por outro lado, sensores que medem velocidades de correntes, simplesmente separam linearmente a parcela oscilatória do sinal, desprezando a não linearidade da superposição onda-corrente. Isto pode levar a erros na determinação da altura, do comprimento e de outras propriedades físicas da onda. Resultados da Teoria Linear com corrente,para o campo de velocidades e o de aceleração vertical na superfície livre, são apresentados para quatro tipos de perfis de correntes: uniforme, com vorticidade constante, exponencial e cosseno.Quantificam-se os erros existentes nas estimativas de velocidades orbitais e acelerações, quando se utilizam funções de transferência deduzidas para uma situação sem corrente. Resultados são apresentados em função dos seguintes parâmetros: o número de Froude, referido ao valor da corrente na superfície (U s /(gh) 1/2 ); profundidade relativa (h/L 0 ), onde L 0 é o valor do comprimento de onda em águas profundas pela Teoria Linear na ausência de corrente; e vorticidade adimensional ( 0 /), onde é a frequência em rad/s para um observador fixo.
Este trabalho propõe uma nova abordagem para a determinação do amortecimento de ondas de gravidade propagando-se sobre campos de vegetação, que evita as simplificações implícitas nos modelos existentes e estende sua aplicação a espécies de grande flexibilidade, tais como Brachiaria subquadripora, encontradas freqüentemente nas margens de lagos artificiais no Brasil. Conceitualmente, o fenômeno foi dividido em dois processos distintos. Inicialmente, a resistência individual de uma haste é caracterizada através de um modelo mecânico que utiliza a velocidade relativa fluido-haste para calcular as forças exercidas pelas ondas sobre uma haste em função de um único parâmetro, o coeficiente de arraste. A seguir, estima-se a força média exercida pela coluna d'água sobre uma haste durante um período de onda e utilizam-se as equações do movimento integradas na vertical e promediadas no período da onda para avaliar o amortecimento gerado pelo conjunto. A reação do conjunto de hastes é função da força sobre uma haste, da densidade espacial de espécies vegetais e de um coeficiente de interação entre as hastes. A segunda parte deste trabalho apresentará os procedimentos experimentais para calibração do modelo e os respectivos resultados.
A ação do vento sobre o espelho d'água de viveiros de camarão em geral é considerada como benéfica para esta atividade pois favorece a oxigenação da água. Porém, as ondas de curto período, geradas nesta situação, são muito esbeltas, fortemente não lineares e geralmente são refletidas pelas margens e amplificadas. Dependendo da lâmina d'água, associada à fase em que se encontra a criação ou a despesca, as ondas induzem tensões críticas no fundo que ressuspendem os sedimentos, eventualmente provocam excessivo estresse nos camarões e acabam prejudicando a produção. Utilizando métodos de previsão de ondas em águas restritas, fazem-se estimativas de altura e período, calculam-se as tensões no fundo associadas a tais ondas para fundos de areia fina e silte, em 3 condições típicas de lâmina d'água encontradas em viveiros de camarão no Nordeste brasileiro. Verifica-se a influência da extensão do viveiro (pista de ação do vento) para a formação da onda.
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