O presente texto tece considerações sobre a formação humana e docente e a literatura a partir da filosofia sartriana e dos pressupostos que fundamentaram a práxis de um subprojeto do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás, na Unidade Universitária de Inhumas, participante do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). O trabalho foi realizado mediante uma análise documental de registros individuais produzidos por um grupo de sete bolsistas, sendo sete relatórios finais e sete questionários com 10 questões respondidas pelas bolsistas após a conclusão do trabalho com o livro A bolsa amarela, de Lygia Bojunga Nunes. O estudo estabelece um diálogo entre os dados coletados e o referencial teórico que subsidiou os momentos de estudo e as práticas do subprojeto, em especial Cândido (1995), Benjamin (1996), Freire (1996), Siqueira (2013) e Valdez (2018). Por fim, o texto conclui que a humanização reivindica a literatura e que esta não comporta as fronteiras didático-pedagógicas que insistem em submeter adultos e crianças a padrões e estereótipos na lida do ensinar e do aprender.
No ensaio Que é a literatura? publicado originalmente em 1947, Jean-Paul Sartredesenvolve os seus argumentos em resposta às duras críticas que recebia em razão do princípiodo engajamento característico de suas obras literárias. Esses críticos entendiam que Sartreutilizava a literatura como pretexto para propagar e defender suas teses políticas e filosóficas,produzindo assim um tipo de literatura engajada, distorcendo e empobrecendo o sentido nobreda arte das belles-lettres. Em resposta a essas críticas, a intenção de Sartre é fazer uma exaltaçãoda literatura, compreendendo-a como um livre desvendamento do sentido de mundo por meiode um objeto imaginário, um pacto de generosidade entre autor e leitor. Com objetivo dediscutir o sentido filosófico da literatura, este artigo se fundamenta na ontologiafenomenológica de Sartre e nos argumentos apresentados pelo autor em resposta a seus críticos,apresentando o princípio de engajamento a partir do conceito de intencionalidade daconsciência e o sentido fenomenológico da imaginação, entendendo que se trata de umadiscussão que embasa filosoficamente o entendimento do autor sobre o que é a literatura e suaimportância para a constituição da subjetividade e afirmação da liberdade.
Este texto tem como objetivo delinear alguns apontamentos sobre os assaltes ao que tange o tema educação sobre gênero e sexualidade como proposta política partidária em curso no Brasil. Tal debate integra uma agenda neoconservadora que se intensificou no ano de 2011 com o lançamento por parte do Ministério da Educação, com Fernando Haddad, do Programa Escola sem Homofobia. O programa em questão recebeu várias críticas entre eles a do então deputado federal Jair Bolsonaro que o nomeou como "kit gay" e se tornou uma das suas estratégias de campanha durante as eleições no ano de 2018. Soma-se ao debate outras incursões como o alinhamento das conflagrações sobre gênero a um projeto fundado no ano de 2004 proposto pelo advogado Miguel Nagib intitulado “Movimento Escola Sem Partido” e que se tornou Projetos de Lei em 2014 e 2019. Nos últimos anos outros debates foram incluídos de forma a cercear as propostas educacionais sobre gênero e sexualidade, os quais serão aqui apresentados. No que concerne ao processo investigativo em um primeiro momento busca-se o debate bibliográfico sobre o conceito de gênero em Rubin (1975); na sequência apresenta-se os delineamentos políticos destinados ao tema após 2011; por fim será possível compreender a perspectiva política em curso sobre a educação sobre gênero e sexualidade.
RESUMO O presente artigo apresenta o relato da experiência inter/transdisciplinar desenvolvido pela equipe de professores do quarto ano do curso
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