A escravidão é considerada um fenômeno social e territorial que emerge nos primórdios das civilizações antigas, que empregavam o trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. No entanto, no decorrer da história, e também na contemporaneidade, pode-se encontrar inúmeras práticas análogas à escravidão. Diante do exposto, estabeleceu-se como objetivo geral estudar o contexto que envolve o trabalho escravo contemporâneo em Minas Gerais, entre o período de 2000 a 2015, para tal visa-se discutir a situação de Minas Gerais diante das ocorrências de trabalho escravo ocorridas. Salienta-se ainda, que a maioria das ocorrências tem origem no campo, devido a fatores socioeconômicos em função da contrarreforma agrária em vigor no país. A abordagem metodológica consistiu em pesquisa bibliográfica, tratamento de dados oriundos do Ministério do Trabalho e Emprego e da Comissão Pastoral da Terra, elaboração de mapas, gráficos e tabelas. Assim, é possível inferir que o trabalho escravo contemporâneo infringe as legislações e desencadeia um processo perverso na frente pioneira e também em outras regiões do Brasil, respaldado especialmente pelos mecanismos de acumulação primitiva, os quais são incorporados à reprodução ampliada do capital. Por fim, os resultados demostram que nos últimos anos, o número de ocorrências envolvendo trabalhadores em situação de escravidão no Brasil tem diminuído, enquanto que em Minas Gerais constata-se um significativo aumento dos trabalhadores escravos, tanto no campo quanto nos centros urbanos.
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