O artigo apresenta um breve panorama dos conflitos no campo brasileiro dialogando com a concepção de Unidades de Conservação (UC) existente no Brasil. Para isso, retoma ainda, a gênese das Unidades de Conservação no cenário mundial e as estratégias do movimento ambientalista no país. Dessa forma, compreende-se o contraditório desencontro entre a luta pela terra e as Unidades de Conservação, as quais estão norteadas por diferentes entendimentos, que por vezes, transgridem a história e a organização territorial brasileira; fazendo com que o acirramento e os conflitos de fato, sejam agravados, sobretudo, pela constatação de que há uma irregularidade fundiária histórica, sobretudo, nos Parques Nacionais – UC de Proteção Integral, que segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) devem ser de posse e domínio da União. Nesse contexto, apresenta-se os dados oficiais referentes à irregularidade fundiária dessas UCs e o desencontro existente em políticas públicas autoritárias, as quais representam diferentes discursos e interesses que agravam a gestão territorial e ambiental no país, seguido de uma eminente contrarreforma agrária no Brasil.
Além da dedicatória para minha amada e companheira esposa Eliana, quero registrar que a referida problemática na Serra da Canastra é vivida "por dentro" pela sua famílianossa família, que vive na região há muitos anos. Agradeço-lhe imensamente por me apresentar a Canastra e a Babilônia suas histórias e estórias. Agradeço aos meus pais Marly e Nilson pelo incentivo nessa jornada. Quero registrar ainda, meus sinceros agradecimentos ao meu irmão Pedro, à Juliene, ao Vicente que acompanharam diretamente essa trajetória e meus familiares que mesmo de longe, estão presentes com muita alegria. À Professora Larissa, pelos anos de convivência, amizade, aprendizagem e, sobretudo, pelo profícuo diálogo em diferentes momentos dessa jornada, minha eterna gratidão. Agradeço também aos Professores Ariovaldo Umbelino de Oliveira e Marta Inez Medeiros Marques durante as aulas e debates em 2010 e 2011. À Profa. Marta e Profa. Valéria de Marcos, agradeço-lhes pelos apontamentos iniciais no Colóquio do Laboratório de Agrária no tocante à regularização fundiária e a ação do Estado para legitimar algumas Unidades de Conservação (UCs). Tais contribuições permitiram enxergar muitas contradições no bojo das políticas fundiárias no Brasil. Agradeço ainda as contribuições realizadas durante o exame de qualificação, composto pelas Profas Marta Inez Medeiros Marques e Sueli Furlan, que abriram novas perspectivas e ressaltaram outras que já constavam na pesquisa, mas não as enxergava. Ao CNPq pela bolsa de estudo a partir do segundo ano da pesquisa. E ao Departamento de Geografia da FFLCH, pelo auxílio financeiro em alguns trabalhos de campo e pela participação no Simpósio Internacional e Nacional de Geografia Agrária-SINGA em 2011 na cidade de Belém-PA; reitero minha profunda gratidão. À Aline Guedes e Eliana agradeço-lhes pela leitura valiosa que fizeram da versão inicial dessa pesquisa, e, sobretudo, pelas sugestões às quais fizeram com que esse processo de aprendizagem fosse ainda mais enriquecedor. Aos amigos Ricardo Venturelli, Michell Tolentino e Soraya do Carmo que partilharam suas experiências e estudos no decorrer dessa jornada. Agradeço também aos velhos amigos na estrada geográfica da vida: Adriano Skoda, João Araújo, Roberta Bezerra, Jeferson Silva e Eraldo Batista que acompanharam e sempre escutaram minhas inquietações no decorrer da pesquisa, valeu "Josués"! Agradeço ainda aos meus alunos e amigos educadores das instituições que lecionei nesses últimos anos, pelos saberes cotidianos, lutas e conquistas construídas por um mundo mais justo. Por fim, agradeço aos camponeses que partilharam suas trajetórias e fizeram com que esse trabalho fosse uma troca recíproca de tempo, histórias, angústias, resistências e alegrias. Espero não cometer equívocos ao esquecer alguns, por isso, faço o registro a partir das cidades em que iniciei os trabalhos de campo.
Agricultura urbana na cidade de Montes Claros-MG: um breve referencial teóricoUrban agriculture in the city of Montes Claros-MG: a brief theoretical reference La agricultura urbana en la ciudad de Montes Claros-MG: una breve referência teórica
THE AMAZON OF ADRIAN COWELL: The Decade of Destruction (1980 to 1990)L´AMAZONIE SELON ADRIAN COWELL: La Decenie de la Destruction (1980 a 1990)RESUMONesse ensaio analisa-se a Amazônia revelada na obra cinematográfica de Adrian Cowell a partir de alguns elementos da série “A década da destruição”, os quais remetem ao arcabouço geográfico sobre as transformações territoriais recentes na Amazônia. Para isso, foi necessária a transcrição (decupagem) dos principais documentários da referida série para que as análises dos contextos abordados por Cowell permitissem reafirmar as estratégias e disputas envolvendo inúmeros destruidores e vítimas desse árduo processo histórico como indicado por Milanez (2013), Rios (2008) e Cowell (1990 e 2008). Trata-se, portanto, de uma leitura geográfica dos conflitos territoriais e ambientais materializados na Amazônia, envolvendo indígenas, posseiros, sem terra, seringueiros, entre outros povos e comunidades tradicionais imersos em conflitos e disputas; seja sob a égide da Ditadura ou Democracia os conflitos seguem vigentes.Palavras-chave: Amazônia; Conflitos Territoriais; Documentários; Década da Destruição.ABSTRACTIn this essay the Amazon revealed in the films of Adrian Cowell is analyzed from some elements of the series “The Decade of Destruction”, which refer to the geographic structure on recent territorial transformations in the Amazon. Thus, it was necessary to write down the main documentaries of this series, to facilitate the analyzes of the contexts covered by Cowell allowed and reaffirm the strategies and disputes involving countless destroyers and victims of this arduous historical process as indicated by Milanez (2013), Rios ( 2008) and Cowell (1990 and 2008). It is, therefore, a geographic interpretation of the territorial and environmental conflicts materialized in the Amazon, involving indigenous people, squatters, landless, rubber tappers, among other peoples and traditional communities, immersed in conflicts and disputes, whether under the aegis of the Dictatorship or Democracy conflicts are still ongoing.Keywords: Amazon; Territorial Conflicts; Documentaries; Decade of Destruction.RÉSUMÉDans cet article on analyse l´Amazonie qui apparaît dans l´œuvre cinématographique d´ Adrian Cowell. Cela est fait à partir de quelques élements de la série – La décenie de la destruction – qui renvoient au cadre géographique des transformations territoriales les plus recentes dans l´Amazonie. Il a fallu faire auparavant le decoupage des principaux documentaires de la série pour que les analyses des contextes qui apparaissent en Cowell permettaient de réafirmer les stratégies et les litiges entre les inombrables destructeurs et les victimes de ce procès historique difficil indiqué par Milanez (2013), Rios (2008) e Cowell (1990 e 2008). Il s´agit donc d´une lecture géographique des conflits territoriaux et environnementaux matérialisés dans l´Amazonie et qui concernent les indigènes, les “posseiros”, les sans-terre, les manipulateurs de caoutchouc et d´autres peuples et communautés traditionelles plongés dans des conflits et querelles, soit sous la dictature, soit sous la démocratie.Mots-clés: Amazonie; Conflits Territoriaux; Documentaires; Décenie de la Destruction.
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