Resumo Distúrbios ondulatórios de leste (DOL) são sistemas atmosféricos presentes na região tropical, preferencialmente sobre áreas dos oceanos Atlântico e Pacífico. Sobre o Atlântico são identificados, inicialmente, próximos à costa oeste do continente Africano e se propagam embebidos no fluxo dos Alíseos, em forma de ondas que se deslocam de leste para oeste. No Atlântico tropical sul, os DOL atuam, preferencialmente sobre o leste do Nordeste do Brasil (NEB) contribuindo significativamente para os totais anuais de chuva. O presente trabalho analisa um caso de ocorrência de um DOL sobre o NEB, no estado do Rio Grande do Norte, no dia 13 de Junho de 2014, fazendo o uso de dados de reanálise da componente meridional do vento e vorticidade relativa nos níveis de 850 hPa, água precipitável e dados observados de chuva. Observa-se que o DOL se intensifica entre os dias 12 e 13 de Junho, com valores de vorticidade negativa e água precipitável significativos, próximo à costa do NEB, e se apresenta inicialmente como uma extensão da atividade convectiva presente na ZCIT, desde o Oeste Africano. O DOL causou valores significativos de chuva, gerando deslizamentos de terra, alagamentos e problemas no trânsito de Natal, durante copa do mundo de futebol.
Resumo Neste trabalho objetivou-se verificar as possíveis relações de pontos amostrais da temperatura da superfície do mar distribuídos espacialmente no Atlântico Tropical e o desenvolvimento de linhas de instabilidade atuantes na costa Norte e Nordeste do Brasil utilizando-se de técnicas de modelagem linear generalizada. Para isso, foram usados modelos lineares generalizados a partir da regressão linear de Poisson e da Binomial Negativa. Na análise das relações instituídas pela modelagem foi aplicada o teste de variância ANOVA com nível de significância de 0,05 de probabilidade para determinar que variáveis independentes foram mais significativas. Também foram analisados os resíduos gerados pelo ajuste dos modelos no intuito de identificar a distribuição que melhor se ajustasse aos dados. Toda análise estática foi realizada no software R. Entre os 132 pares de observações, a magnitude do coeficiente de correlação linear de Pearson (r) oscilou entre 0,06 (p < 0,04) entre (LI e TSM5) e 0,88 (p < 0,0001) entre (TSM2 e TSM5). Apesar das relações de TSM e episódios de LI apresentarem ausência de relação linear ou relação linear positiva perfeita, do ponto de vista estatístico, estas relações foram significativas. Os resultados obtidos pelo modelo da Binomial Negativa apresentaram menores resíduos, todavia, o modelo de Poisson foi ainda significativo do ponto de vista estatístico. Os pontos de extração dos valores da temperatura da superfície do mar (TSM2, TSM5 e TSM10) apresentaram as maiores contribuições na explicação da variabilidade dos episódios de linhas de instabilidade no Norte e Nordeste do Brasil.
Este trabalho apresenta uma análise de perfis do vento da componente zonal (u) e meridional (v) em um ponto de grade mais próximo à cidade de Belém-PA às 12 UTC para dias com e sem a formação de linhas de instabilidade. O intuito é averiguar características da dinâmica dos perfis que diferencie dias com e sem LI, como o cisalhamento vertical do vento e jatos de médios e baixos níveis, presentes no ambiente de formação das LIs, podem contribuir para o desenvolvimento e intensidade desses sistemas. Os resultados mostraram que, o perfil da componente zonal do vento nos dias com a formação de LI, apresenta um JBN mais profundo, pouco mais intenso e em níveis mais baixos do que nos dias sem LI. O perfil da componente meridional mostra a presença de um máximo negativo em torno de 900 hPa e um máximo positivo próximo à 800 hPa e que há uma tendência deste máximo ser maior nos dias com LI. Logo, o comportamento dos perfis indica que há uma interação dos JBN na formação e desenvolvimento desses sistemas, e que a mudança na direção do vento na componente meridional aparenta contribuir para a formação de linhas de instabilidade.
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