A dengue é uma doença viral que vem colocando em risco parte da população do mundo. O vírus é transmitido pelo Aedes aegypti, também transmissor do zika vírus e da febre chikungunya. O número de A. aegypti é significativo em Santa Catarina ao longo dos anos. As variações climáticas contribuem para o aumento do vetor, porém as condições socioeconômicas da população e a ação antrópica também influenciam. O objetivo deste estudo é uma análise exploratória das variáveis climáticas e possíveis correlações com o aumento de número de mosquitos em Chapecó/SC. Para isto, foi realizado modelagem estatística do número de A. aegypti, disponibilizados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE), com distribuição da precipitação, médias de temperatura mínimas e máximas com recorte diário, entre 2010 e 2017, fornecidos por Modern Era Retrospective-Analysis For Research and Applications (MERRA2) da NASA. A pesquisa se mostrou promissora, os dados de MERRA2, trazem uma escala temporal que possibilitaram o estudo do clima com a proliferação do mosquito, tendo em vista que nem toda cidade conta com estação meteorológica. Este trabalho apresenta resultados parciais da pesquisa ainda em desenvolvimento, no programa de mestrado profissional Clima e Ambiente do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
O mosquito Aedes aegypti transmite dengue, febre do zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. Em Santa Catarina, ocorrências dessas doenças foram registradas nos últimos anos, assim como o aumento dos focos de A. aegypti, principalmente num padrão específico de sazonalidade. Estudos que busquem identificar a ecologia do mosquito em função da diversidade climática no Brasil são fundamentais para melhoria de políticas públicas e para o controle de focos nos municípios. Conduziu-se este trabalho, com o objetivo de avaliar a relação existente entre ocorrência de focos de A. aegypti e variabilidade dos elementos climáticos temperatura e precipitação, no município de Chapecó, durante os anos de 2007 a 2017. Os dados climatológicos foram obtidos pela reanálise MERRA2 (Modern-Era Retrospective analysis for Research and Applications) da NASA (National Aeronautics and Space Administration). Os dados dos focos do mosquito foram obtidos da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE). Os resultados obtidos mostram, para o município de Chapecó, uma relação direta entre a elevação (redução) da temperatura e o aumento (diminuição) dos focos registrados. Também foi identificada uma influência da elevação da temperatura na ocorrência e registro dessa espécie, ao longo dos anos. Com relação à distribuição da precipitação, sugere-se que a chuva bem distribuída no mês que antecede o registro do foco, influencia no desenvolvimento do vetor. Entende-se que as variações climáticas contribuem para o aumento de focos, todavia, as condições socioeconômicas da população e a ação antrópica devem ser contempladas na investigação das influências na proliferação do vetor. A B S T R A C TThe mosquito Aedes aegypti is the transmitting agent of dengue fever, zika virus and chikungunya fever. In Santa Catarina, occurrences of these diseases have been recorded in recent years, as well as the increase of A. aegypti outbreaks, mainly in a specific pattern of seasonality. Studies that seek to identify mosquito ecology as a function of climatic diversity in Brazil are fundamental for the improvement of public policies and for control of outbreaks in municipalities. The objective of this study was to evaluate the relationship between occurrence of A. aegypti outbreaks and variability of temperature and precipitation elements in Chapecó between 2007 to 2017. The climatological data were obtained by MERRA2 from NASA. Outbreaks data were obtained from the Epidemiological Surveillance Director. The results show, for Chapecó, a direct relation between flotation of the foci with a cycle marked by the high temperatures and the intermittent precipitation. The favorable temperature range for vector development is between minimum average temperature of 14.8 °C to 19.2 °C and maximum average temperature of 25.5 °C at 29.1 °C. An influence of temperature elevation on the occurrence and record of this species was also identified over the years. Regarding the distribution of precipitation, it is suggested that the precipitation up to 5 mm in the month preceding the focus record influences the development of the vector. Climatic variations contribute to the increase of outbreaks, however, the socioeconomic conditions of the population and anthropic action should be considered.Keywords: Mosquito, climate, reanalysis data.
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