Antes da hidrelétrica, hoje o território conhecido como Região de Integração do Lago de Tucuruí não era um “espaço vazio”, inabitado. Ocupado por camponeses, ribeirinhos, nômades e povos indígenas esse território vivenciou duas transformações históricas: a construção de Estrada de Ferro Tocantins (1908-1940) e a construção da Usina Hidrelétrica (1985-atual). Nisso, o objetivo deste trabalho é realizar, a partir da abordagem de David Harvey sobre o conceito de ambiente construído, uma leitura histórica sistematizada dos dois grandes acontecimentos socioeconômicos na região, baseando-se nas consequências que eles trouxeram para o desenvolvimento regional e urbano do território tucuruiense. Nessa leitura, a categoria de ambiente construído demonstra toda a trajetória. “Mosaicos”, por assim dizer, que impressos no território demandam fluxos de capital e trabalho distintamente que uma cidade capitalista tradicional demanda de Tucuruí e consegue denominar como a região historicamente foi um alvo estratégico no “escoamento” de excedente nacional por meio da construção da hidrelétrica. Diferentemente das outras regiões, a produção de ambiente construído via hidrelétricas na Amazônia apresenta acontecimentos problemáticos que significativamente não são levados em conta em demais regiões-sede de hidrelétricas.Palavras-chave: Ambiente construído. Tucuruí. Hidrelétricas. Estrada de Ferro Tocantins.
Nas últimas duas décadas, registrou-se momento de grande produção de infraestruturas econômico-espaciais na Amazônia. Boa parte desses empreendimentos direcionou-se para o setor energético, concentrando-se na concessão de subsídios para a expansão e/ou implementação de usinas hidrelétricas, devido ao grande potencial hídrico encontrado no seu território. Nesse sentido, a produção de infraestruturas hidrelétricas na região reproduziu-se em formato particular daquele identificado em outras regiões brasileiras, como no eixo Sul/Sudeste – sobretudo em relação ao tratamento concedido a temas de cunho socioambiental, voltados para questões que compreendem do desenvolvimento regional à sustentabilidade. Frente a isso, o presente trabalho objetivou sistematizar uma releitura histórica do planejamento integrado supranacional, nacional e setorial relativos à produção de infraestruturas hidrelétricas – em base na moderna ocupação territorial da Amazônia Legal como estratégia de escala flexível – que variou, em termos geográficos, do local ao global. Desse modo, pensar em infraestruturas na Amazônia para o desenvolvimento local, e não mais para o desenvolvimento nacional territorialmente desigual, é pensar em infraestruturas sustentáveis, com tecnologias que privilegiem as questões socioambientais e não somente interesses econômicos.Palavras-chave: Infraestruturas. Hidrelétricas. Amazônia Legal. Planos de Desenvolvimento.
Na Amazônia, a flexibilidade do trabalho foi tema de debate com a introdução dos chamados megaempreendimentos, onde a modernização do setor de transportes, a elevação de grandes infraestruturas e a rearticulação do setor produtivo redefiniram a temporalidade do mercado de trabalho local. Elenca-se o conceito de rotatividade do trabalho como medida de análise do município impactado pelo grande empreendimento hidrelétrico de Belo Monte, Altamira, do Estado do Pará. Utilizou-se da econometria Box-Jenkins para analisar a rotatividade do trabalho, e nesse viés, que nos resultados estimamos um modelo autoregressive integrated moving average (ARIMA) para encontrar o melhor ajuste da taxa de rotatividade no tempo e realizar previsões estatísticas. Os resultados permitem concluir que a rotatividade do trabalho do setor de construção civil possui característica cíclica e ascendente, que calca a produtividade do setor na especulação imobiliária e na subcontratação de mão-de-obra, eliminando progressivamente a permanência dos postos de trabalho no município.
O marco do pensamento de Keynes se perpetuou em grandes áreas dentro do corpo teórico e prático das ciências econômicas. E dentre essas perpetuações se encontra uma série de filtros e formas que reinterpretam a Teoria Geral do Juros, Emprego e Renda de 1936, e mais adentre estas, uma se destaca: o pensamento pós-keynesiano. Como uma corrente relativamente “nova”, a literatura mostra que há problemas encontrados na sua microfundamentação teórica, e que também a influência do pensamento marxista pode aparecer como uma possível solução (ou não) de suas lacunas. O objetivo principal deste artigo foi encontrar os principais resultados desse tema, averiguar as possibilidades de hibridismos teóricos mais consistentes com a corrente marxista, salientar as controvérsias, e definir quais seriam os pontos de intersecção mais comuns entre ambos, e quais os pontos de discordância mais proeminentes.
O presente artigo procura traçar uma análise do ponto de vista histórico para, posteriormente, compreender a relação econômica entre os fenômenos históricos ocorridos no Governo Militar e, recentemente, no governo do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Nestas condições, o artigo procura concentrar sua análise no entendimento da relação entre o setor elétrico e o setor mineral na Amazônia brasileira, principalmente na Amazônia Oriental. A principal conclusão é que a Amazônia brasileira e Oriental que impacta (in)diretamente no desenvolvimento do setor elétrico e no setor mineral do país. Contudo, há espaço para a promoção de uma conexão muito mais íntima entre esses setores e, é claro, um potencial intenso para a exploração de reservas minerais, inclusive, com a perspectiva de verticalização da produção e geração de emprego, renda e agregação de valor para a economia nacional e regional.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.