A teoria neo-institucional tem sido caracterizada por alguns estudiosos do campo dos estudos organizacionais como uma abordagem supostamente determinística. Demonstramos no presente ensaio teórico que tal caracterização não pode ser impingida à perspectiva neo-institucional de maneira generalizada, mas apenas a uma leitura dicotômica dela, típica de visões monoparadigmáticas do processo de institucionalização. A partir dessa demonstração, defendemos a idéia da teoria institucional como teoria multiparadigmática. Para tanto, apresentamos argumentos em favor de uma abordagem recursiva do processo de institucionalização, ressaltando que as noções de estrutura, agência e interpretação são mais apropriadamente tratadas quando definidas como elementos fundamentais da institucionalização como processo recorrente, garantido e condicionado, não determinado, por certo grau de estabilização dos sistemas sociais. Concluímos o ensaio com considerações metodológicas sobre as conseqüências do uso da proposta de abordagem sistêmico-processual recorrente da institucionalização para o desenvolvimento de pesquisas no campo dos estudos organizacionais.
A avaliação da competitividade com base em indicadores de desempenho econômico tem limitado o conceito à dimensão da eficiência operacional. Sob essa ótica, a competitividade seria derivada da excelência empresarial no desempenho de atividades que podem ser econômica ou financeiramente mensuradas. Entretanto, encontram-se razões suficientes na literatura sobre teoria institucional para considerar que a competitividade de uma organização não depende apenas de fatores econômicos, mas também de uma conduta socialmente valorizada que garanta a sua legitimidade e sobrevivência no contexto ambiental. Assim, no presente estudo, procurou-se identificar os fatores e respectivos valores subjacentes de competitividade, instituídos em três níveis do contexto ambiental (internacional, nacional e regional/local), com o objetivo de verificar como a competitividade tem sido visualizada e como esse entendimento pode influenciar a adoção de estratégias organizacionais na busca por posicionamento competitivo.
A teoria neo-institucional tem sido caracterizada por alguns estudiosos do campo dos estudos organizacionais como uma abordagem supostamente determinística. Demonstramos no presente ensaio teórico que tal caracterização não pode ser impingida à perspectiva neo-institucional de maneira generalizada, mas apenas a uma leitura dicotômica dela, típica de visões monoparadigmáticas do processo de institucionalização. A partir dessa demonstração, defendemos a idéia da teoria institucional como teoria multiparadigmática. Para tanto, apresentamos argumentos em favor de uma abordagem recursiva do processo de institucionalização, ressaltando que as noções de estrutura, agência e interpretação são mais apropriadamente tratadas quando definidas como elementos fundamentais da institucionalização como processo recorrente, garantido e condicionado, não determinado, por certo grau de estabilização dos sistemas sociais. Concluímos o ensaio com considerações metodológicas sobre as conseqüências do uso da proposta de abordagem sistêmicoprocessual recorrente da institucionalização para o desenvolvimento de pesquisas no campo dos estudos organizacionais.
RESUMOobjetivo do presente trabalho consistiu em verificar se as evidências empíricas das novas formas organizacionais, publicadas em periódicos nacionais e estrangeiros (de língua inglesa) durante o período de 1995 a 1998, representam ruptura com o modelo burocrático de organização. As discussões nesse campo de estudos a respeito da emergência de novos modelos organizacionais que possam representar ruptura com a burocracia têm sido marcantes, nos últimos anos. As organizações foram analisadas em termos de seu potencial de flexibilidade tecnológica, estrutural e cultural; considerou-se, em especial, o tipo de racionalidade predominante em sua lógica de ação. A dimensão tecnológica foi caracterizada como sendo a de maior potencial de flexibilidade; observou-se médio potencial de flexibilidade nas dimensões estrutural e cultural. A racionalidade formal foi predominante. Conclui-se que apesar da forte tendência de flexibilização do modelo burocrático não se verifica a ruptura, uma vez que a lógica de ação predominante nas organizações ainda é aquela voltada para o cálculo utilitário de conseqüências.ABSTRACT he objective of this work was to verify whether empirical evidences of new organizational forms, as published in domestic and foreign publications in English, from 1995 to 1998, did or did not represent a break away from the organizational bureaucratic pattern. There have been outstanding discussions in the field of organization about the emergence of new organizational patterns, which may stand for a break away from stablished ones. The looked-through organizations have been analysed in terms of their potentiality in technological, structural and cultural flexibility, and further consideration has been given to the type of rationality which predominates in actions of the scrutinised organizations. The technological dimension has been rated as being the one with the largest potential for flexibility while rating a medium potential in the structural and cultural dimensions. Instrumental rationality has been considered as the predominant one. It was concluded that there is a strong tendency in favor to the flexibilization of the bureaucratic model regarding the categories analysed. But the rupture with the model was not perceived, since the predominant logic of action was the instrumental one.
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