O conhecimento, enquanto fator capaz de exercer influência sobre as atitudes, é um pré-requisito fundamental nos programas de prevenção dos comportamentos sexuais de risco. Este estudo teve como objetivo desenvolver um instrumento para avaliar os conhecimentos dos adolescentes sobre a sexualidade. O Questionário de Conhecimentos sobre Sexualidade pretende avaliar os conhecimentos num continuum de dificuldade e distinguir os alunos com diferentes níveis de saberes. A amostra foi constituída por 1545 adolescentes com uma média de 16 anos (DP=1.80) que frequentam a escola. Os resultados evidenciam que as raparigas estão mais informadas do que os rapazes, e que os jovens portugueses com mais de 15 anos, sem religião, com mais de 5 anos de educação sexual na escola e que tiveram a mãe como educadora sexual são os que têm mais conhecimentos sobre a sexualidade. As atitudes dos adolescentes em relação ao preservativo mostraram estar associadas aos conhecimentos e os adolescentes que usaram preservativo no último encontro sexual revelaram níveis mais elevados de conhecimentos. Palavras-chave: Conhecimentos; Educação Sexual; Adolescentes; Questionário ABSTRACTKnowledge, as a factor that exerts influence on attitudes, is a fundamental prerequisite in prevention programs of risky sexual behaviours. The aim of this study was to develop an instrument that would assess the knowledge that adolescents have about sexuality. The Knowledge about Sexuality Questionnaire assesses the knowledge in a difficulty continuum and also the distinction of students with different levels of knowledge. The sample was composed by 1545 adolescents with a mean age of 16 years (SD=1.80) that attend school. The results show that girls are more informed than boys, and that Portuguese adolescents older than 15, without religion, with more than 5 years of sexual education in school and having their mothers as sexual educators are the ones with more knowledge about sexuality. The attitudes of the adolescents towards the use of condom are associated with the knowledge they have about it and the adolescents that used condom in their last sexual relation reveal higher levels of knowledge. Keywords: Knowledge; Sexual Education; Adolescents; Questionnaire
O preconceito e a discriminação baseada na orientação homossexual ainda persistem nos ambientes sociais, escolares e acadêmicos, pelo que a educação e a formação nessas áreas se justifica. Para intervir é então necessário identificar as atitudes em relação à homossexualidade, o que por sua vez exige que haja instrumentos de avaliação confiáveis. Nesse sentido, os estudos apresentados tiveram como finalidade construir e validar a versão portuguesa da Escala de Atitudes face à Homossexualidade – Versão para estudantes do ensino superior. Participaram 108 estudantes, de ambos os gêneros, da Licenciatura em Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Os resultados da análise da dimensionalidade da escala revelaram uma estrutura tridimensional, composta por três fatores: Atitudes não discriminatórias face à homossexualidade (F1), Atitudes de defesa dos direitos dos homossexuais (F2) e Atitudes de rejeição à proximidade de pessoas homossexuais (F3). A partir de testes estatísticos foi possível identificar diferenças nas atitudes face à homossexualidade em função do gênero, da religião, do contato e da proximidade com amigos/as gays ou lésbicas. Verificou-se, ainda, que as atitudes positivas face à homossexualidade aumentam à medida que aumentam os conhecimentos e crenças funcionais sobre a homossexualidade. Os resultados sugerem que esta escala pode ser útil no diagnóstico de atitudes homofóbicas e na avaliação de intervenções de prevenção da homofobia e de promoção da igualdade, respeito, aceitação e valorização da diversidade no que diz respeito à orientação sexual. São apresentadas e discutidas implicações e sugestões para futuros estudos e intervenções socioeducativas.
As progressivas evidências da eficácia da Educação pelos Pares como uma estratégia de educação e formação para a saúde têm vindo a reforçar o carácter participativo e o potencial transformativo dessa abordagem. O objetivo central deste trabalho é discutir o papel da Educação pelos Pares como processo de influência educativa entre pessoas que partilham de características demográficas, sociais, culturais e vivenciais, e que se identificam e aceitam reciprocamente como pares educadores e educandos. Consequentemente, procuram e facilitam o processo de influência educativa, transformativa e emancipatória, capaz de alcançar ganhos significativos ao nível da saúde. Por meio da pesquisa bibliográfica se apresenta a perspetiva histórica e os modelos e teorias que fundamentam a estratégia de Educação pelos Pares, assim como se reflete sobre o conceito de par educador, suas exigências e atributos. Ainda se consideram os desafios de educar pelos pares nos domínios da educação e promoção da Saúde. Os contributos associados a esta estratégia de empoderamento para todas as pessoas envolvidas são sobretudo discutidos em função das oportunidades de capacitação científica e pedagógica dos pares educadores e dos reconhecidos benefícios pessoais, sociais e culturais produzidos pela sua participação social ativa.
Este estudo teve por objetivo analisar as crenças e atitudes dos/as estudantes do ensino superior português sobre a homossexualidade. Participaram 108 estudantes da Licenciatura em Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, os quais responderam ao Inventário de Crenças sobre a Homossexualidade e à Escala de Atitudes face à Homossexualidade – Versão para estudantes do ensino superior. Os resultados obtidos permitiram identificar a existência de crenças disfuncionais sobre a homossexualidade, associando-a erradamente a problemas de identidade e de expressão de gênero, a grupos de risco na transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS), a uma escolha individual e a ser resultado da influência de uma família homossexual. Por outro lado, as estudantes apresentam mais atitudes de defesa pelos direitos dos homossexuais, os/as estudantes que se consideram religiosos/as têm atitudes de maior rejeição à proximidade de pessoas homossexuais, os/as estudantes que têm um amigo gay ou uma amiga lésbica ou que falam com os/as amigos/as sobre o tema da orientação sexual apresentam atitudes menos discriminatórias e os/as estudantes mais interessados em ver o tema da orientação sexual debatido na Universidade foram os/as que apresentaram atitudes mais positivas e menos discriminatórias face à homossexualidade. Verificou-se ainda que as crenças funcionais sobre a homossexualidade estão associadas às atitudes positivas face à homossexualidade. Considerando estes resultados, apresentam-se algumas implicações para os currículos na área da cidadania e para as práticas pedagógicas de atenção à diversidade em contexto universitário.
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