ResumoO presente artigo trata de pesquisas desenvolvidas, ao longo dos últimos cinco anos, pelo Grupo de Estudos em Raciocínio Combinatório do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco -Geração. As linhas de investigação do grupo são apresentadas, bem como seus principais referenciais teóricos. Nas investigações realizadas pelo grupo, recursos didáticos são analisados e são apresentados e discutidos resultados de pesquisas desenvolvidas junto a estudantes de distintos níveis e modalidades de ensino, bem como são debatidos estudos realizados com professores da Educação Básica. O conjunto de resultados obtidos possibilita reflexões referentes a como o raciocínio combinatório se desenvolve, quais as dificuldades a serem superadas e como práticas podem ser mais eficientes no ensino de Combinatória.
Palavras-chave:Raciocínio combinatório. Estudantes e Professores. Educação Básica.
AbstractThis paper presents research carried out over the past five years, by the Grupo de Estudos em Raciocínio Combinatório do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco -Geração. The group's research lines are presented in the paper, as well as the main theoretical references used. Investigation by the group on teaching resources are analysed, research results developed with students of different levels and types of education are presented and discussed, as well as studies with K-12 teachers. The set of results obtained enable reflections concerning how combinatorial reasoning develops, what are the difficulties to be overcome and how practices can be more effective in teaching Combinatorics.
Este artigo traz uma pesquisa de iniciação científica que objetivou identificar os recursos de um professor para ensinar matemática em uma escola do campo no período pandêmico e possíveis relações com a Educação do Campo. Para tanto, se referenciou nos estudos sobre a Educação do Campo e a Abordagem Documental do Didático (ADD). Para ter acesso aos dados utilizamos os seguintes instrumentos: entrevista semiestruturada com o professor; mapa de recursos construído pelo professor e acompanhamento de uma aula realizada em parte por via remota e, em parte, presencialmente, observando-se as recomendações das autoridades sanitárias no período pandêmico. Os resultados da pesquisa mostram a diversidade de recursos materiais do professor. Nas aulas remotas ele utiliza, em maioria, recursos digitais, a exemplo de videoaulas que ele mesmo produzia, e do aplicativo WhatsApp. Ele também utilizava recursos como apostilas impressas em papel para os alunos do campo que não tinham acesso à internet. A utilização de recursos digitais foi quase um imperativo para o ensino no período pandêmico, embora o professor tenha demostrado afinidade com tais recursos. Mesmo que a relação dos recursos do professor com a Educação do Campo não tenha ficado explícita em suas respostas, diante da precariedade do acesso às tecnologias digitais na área rural, o professor selecionou e utilizou recursos para atender as necessidades específicas dos estudantes camponeses.
No presente artigo objetivamos discutir a formação de professores de Anos Iniciais para o trabalho com situações combinatórias. Argumentamos que a Combinatória deve ser estudada desde o início da escolarização, por intermédio de variados tipos de situações, e que os professores precisam conhecer esta variedade, bem como o percurso de desenvolvimento dos estudantes e formas adequadas de ensino nos Anos Iniciais. São apresentados dois estudos: o primeiro de sondagem de concepções e conhecimentos de professores e o segundo de intervenção por intermédio de uma formação continuada. Constatamos que alguns professores de Anos Iniciais conhecem pouco de Combinatória e de como se dá o desenvolvimento da compreensão deste conteúdo. Observamos, também, que processos de formação podem auxiliá-los no avanço em seus conhecimentos – de conteúdo e didático – de situações combinatórias. Dessa forma, professores bem preparados têm melhores condições de auxiliarem os estudantes a desenvolverem seus raciocínios combinatórios desde os Anos Iniciais de escolarização.
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