Escrevemos um artigo sobre o que pode uma disciplina de Educação e Diversidade em um curso de Pedagogia de uma Universidade Pública em meio aos problemas contemporâneos da formação para educar com as diferenças. Utilizamos a metodologia da conversa (SAMPAIO; RIBEIRO; SOUZA, 2018) com base nas anotações de seus últimos três anos de exercício, narrativas escritas que a compuseram, em especial, aquelas que se produziam no primeiro dia de aula, isto é, em um memorial sobre as experiências de exclusão/inclusão que os alunos e alunas tenham vivido e/ou observado e, a partir delas, realizamos uma roda de conversas. Nosso objetivo se constituiu em problematizar como as concepções de exclusão/inclusão vêm sendo construídas nas experiências dos alunos e alunas que chegam à Universidade no curso de Pedagogia conforme suas histórias de vidaconhecimento. Nos pautamos no referencial teórico do pensamento complexo (MORIN, 2003a, 2003b, 2007a) para tecer, junto com as memórias dos estudantes da disciplina, como as marcas de inclusão e exclusão que vêm constituindo seus percursos formativos dizem sobre a composição social, cultural e histórica da humanidade e, também, são marcas decisivas nas práticas pedagógicas inclusivas ou excludentes que irão compor os gestos de professor. O que nos passa, não passa em nossa frente, não passa por nós, mas nos atravessa.
Neste texto, busca-se apresentar o que as professoras da Educação Infantil narram a respeito das brincadeiras e dos jeitos de as crianças brincarem no cotidiano escolar. As brincadeiras das crianças, no recreio coletivo, estão despertando nas professoras a imaginação, atualizando suas memórias. Outros jeitos de brincar emergem nas brincadeiras infantis, ampliando os saberes fazeres das professoras. Por meio da brincadeira, a criança se conhece e conhece o mundo ao seu redor. As professoras consideram o faz-de-conta importante para se descobrir o que a criança sente e pensa, como ela vê a realidade em que está inserida e como vê o trabalho delas. Destaca-se, também, a importância do tempo do brincar para as crianças, numa escola de educação em tempo integral. Palavras-chave: Brincadeira. Criança. Cotidiano.
Resumo: O artigo discute o olhar sobre o tempo de crianças de uma escola de educação infantil em tempo integral. Do ponto de vista teórico, apoia-se em refl exões sobre o tempo apresentadas por Bergson, Kohan, Prigogine e Stengers; sobre as infâncias, por Kohan e Larrosa; sobre o tempo escolar, por Barbosa e Sanches; e sobre a discussão de Gallo e Lins a respeito de outras possibilidades de experenciar os tempos na escola. A parte empírica da pesquisa foi realizada mediante um diálogo com as crianças, tendo por base a história do livro Armando e o tempo, de Mônica Guttmann, a partir da qual fi zeram um desenho. Os indícios nos/dos desenhos foram discutidos, tendo como referência o Paradigma Indiciário de Carlo Ginzburg, na intenção de decifrá-los e compreendê-los através das pistas, observando seus signifi cados. Ao decifrar tais pistas, o estudo mostrou que os dois tempos-cronológico e aiónico-estavam presentes em seus cotidianos: o tempo cronológico representado pelo relógio, e o aiónico pela imaginação. Essa constatação possibilita que se pense nas/com as escolas outras infâncias e outros tempos, para além da cronologia, que abranjam a dimensão da experiência do tempo Aión, que expressa a intensidade do tempo da vida humana.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.