Objetivos: Identificar os tópicos trabalhados pelos professores de enfermagem sobre prevenção e tratamento de feridas e analisá-los sob a perspectiva ética e de autonomia profissional. Método: pesquisa descritiva qualitativa. Aprovado no Comitê de ética em pesquisa sob nº 138/09. Instrumentos utilizados: entrevista semi - estruturada e observação participante. Sujeitos: cinco docentes que lecionam o conteúdo relacionado à prevenção e tratamento de feridas. Cenários: Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Resultados: A maioria dos professores, afirmam não abordar de forma direta as questões relacionadas à autonomia do enfermeiro em relação ao tema no curso de graduação. Demonstram que durante sua formação esta questão também não foi ministrada claramente e que este fato influencia na forma que lecionam. Conclusão: Evidenciou-se a importância de implementar a integralização de competências no ensino de graduação, para que os acadêmicos adquiram sua autonomia e possam desenvolvê-la.
Introdução: A hérnia de Garengeot é definida como uma hérnia femoral que contém o apêndice vermiforme. Foi descrita pela primeira vez na literatura por Rene Jacques Croissant de Garengeot, cirurgião parisiense, que relatou o primeiro apêndice num saco de hérnia femoral em 1731. Relato de Caso: paciente, sexo feminino, 74 anos, queixa de dor abdominal de forte intensidade em região inguinal à direita há dois dias, com suspeita clínica de hérnia inguinal encarcerada. Durante inguinotomia verificou tratar-se de hérnia femoral encarcerada, e seu conteúdo era o apêndice cecal inflamado e perfurado com secreção purulenta. O diagnóstico foi confirmado através de análise histopatológica. A paciente recebeu alta hospitalar após sete dias de antibioticoterapia. Conclusões: O diagnóstico de apendicite numa hérnia femoral é desafiador e dificilmente feito no período pré-operatório. Apesar das possibilidades terapêuticas envolvendo a hérnia de Garengeot, não existe nenhuma abordagem padrão descrita para o seu tratamento devido à raridade desta condição e à possibilidade de infecção no pós-operatório. Diante disso, no relato descrito, priorizou-se o reparo padrão de uma hérnia femoral associado a apendicectomia. Apesar dessa conduta, técnicas videolaparoscópicas como a herniorrafia transperitoneal pré-peritoneal (TAPP) ganham força no cenário de abordagem terapêutica devido às suas particularidades.
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