No abstract

RESUMOA Pfaffia sp (Amaranthaceae), conhecida como ginseng brasileiro é comercializada como substituta do ginseng asiático, o Panax ginseng. O Brasil é considerado o maior centro produtor de Pfaffia na América. No entanto, enquanto o Panax ginseng é provavelmente a mais popular e bem conhecida planta medicinal documentada até hoje, os estudos com Pffafia sp são ainda bastante escassos principalmente em relação aos polissacarídeos. O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil químico e de homogeneidade dos polissacarídeos extraídos dessas raízes. Através das análises espectrofotométricas e por cromatografia em camada delgada (CCD) foi possível identificar carboidratos do tipo frutano o que sugere a presença de frutooligossacarídeos. A amostra se apresentou homogênea indicando a presença de moléculas de tamanhos aproximados, possivelmente um único tipo de polissacarídeo.Palavras-chave: Pfaffia glomerata, polissacarídeos, frutanos. INTRODUÇÃOA Pfaffia sp é utilizada há séculos pelos índios brasileiros na cura e prevenção de doenças e estudos recentes têm confirmado a sua eficácia 1 . O gênero Pfaffia pertence à família Amaranthaceae e várias espécies são comercializadas no Brasil como substitutas do Ginseng asiático (Panax spp) 2 . Estas espécies, conhecidas popularmente como ginseng-brasileiro despertaram a atenção e vem sendo exportadas em quantidades cada vez maiores 3 . As raízes de espécies de fáfia são usadas na medicina popular no Brasil como tônicas, afrodisíacas, antidiabéticas, no tratamento de distúrbios gástricos e como cicatrizantes 2,3 .No entanto, enquanto a espécie Panax ginseng é provavelmente a mais popular e bem conhecida planta medicinal documentada até hoje, os estudos sobre o gênero Pffafia sp são ainda bastante escassos, se considerarmos a extensão de seu uso, principalmente quanto aos seus metabólitos primários como os polissacarídeos. Os polissacarídeos são atualmente, considerados de grande interesse por serem de fácil obtenção, custo reduzido, biodegradáveis e pela diversidade de aplicações 4 . Estudos revelam que em espécies da família Amaranthaceae como a Gomphrena macrocephala, 50% do peso seco da raiz é composta por carboidratos solúveis caracterizados como frutanas 5 .