Contexto: A internet mudou os comportamentos dos adolescentes e trouxe novas formas de socialização e comunicação. Para além das suas vantagens, a utilização excessiva pode ter implicações no domínio pessoal, familiar, social e académico, com possíveis consequências nefastas para a saúde e bem-estar psicológico dos mais jovens. Objetivo(s): Caracterizar o bem-estar psicológico e a utilização da internet; relacionar o uso problemático da Internet com o bem-estar psicológico dos adolescentes; e relacionar o bem-estar psicológico dos adolescentes com as variáveis sociodemográficas, escolares e utilização da internet. Métodos: Estudo descritivo-correlacional e transversal com uma amostra de 478 adolescentes, com média de M=14,5 anos (DP=1,9), em contexto escolar. Aplicou-se um questionário que incluía a caracterização sociodemográfica e questões sobre a utilização da internet, o Questionário de Bem-estar Psicológico, versão reduzida (QBEP-R) e a Escala do Uso Generalizado e Problemático da Internet (GPIUS2). O tratamento estatístico foi efetuado com recurso à análise descritiva e inferencial. Resultados: Foram observados níveis satisfatórios e elevados de bem-estar psicológico nos adolescentes e utilização problemática da Internet em 13,4% da amostra. Verificou-se uma correlação negativa entre a utilização problemática da internet e o bem-estar psicológico. Constataram-se diferenças estatisticamente significativas no bem-estar psicológico em relação às variáveis: idade, sexo, nível de ensino, presença de hobby, utilização das redes sociais e jogos online. Conclusões: Os adolescentes com utilização problemática da internet apresentavam menor bem-estar psicológico, o que justifica a intervenção dos profissionais de saúde, na implementação de estratégias que promovam comportamentos saudáveis e consequentemente o bem-estar psicológico.
Contexto: O fenómeno da adição, com e sem substância, constitui um problema na adolescência pelo impacto negativo em diferentes domínios, nomeadamente na saúde mental. Assim, é fundamental que as equipas de saúde escolar conheçam a prevalência e características dos consumos aditivos dos adolescentes. Objetivo(s): Caracterizar o consumo aditivo com substância (tabaco, álcool e drogas) e sem substância (internet, jogos e redes sociais) em adolescentes, e relacionar os consumos entre si e com as variáveis idade e sexo. Métodos: Estudo transversal, descritivo-correlacional, com a aplicação de um questionário de autopreenchimento em contexto escolar, com uma amostra não probabilística constituída por 571 adolescentes. Resultados: O tabaco, o álcool, a internet e as redes sociais foram as adições mais prevalentes nos adolescentes. Foi encontrada associação entre o consumo de álcool e drogas ilícitas e as variáveis idade e sexo; e entre o consumo de álcool e o grupo etário. Existe correlação positiva e significativa entre o consumo de tabaco e o consumo de drogas; e correlação entre o consumo de álcool com os consumos de tabaco e drogas. Conclusões: Os adolescentes com consumo aditivo a uma substância apresentavam também outras adições, com ou sem substância. O presente estudo realça a necessidade de reforçar os programas de educação para a saúde na comunidade educativa com enfoque na prevenção de comportamentos aditivos com e sem substância nos adolescentes.
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