Automedicação é o ato de usar medicamentos por conta própria. Neste contexto, os universitários tendem a se automedicar em virtude das pressões acadêmicas e sociais, indo na contramão do uso racional de medicamentos. Desta forma, questiona-se: qual perfil dos acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior de Sete Lagoas, Minas Gerais, quanto ao uso racional de medicamentos? Acredita-se que: 1) os acadêmicos da área da saúde estão mais propensos à automedicação, pois possuem mais acessos a informações; 2) os principais medicamentos utilizados são analgésicos e anti-inflamatórios, em virtude de dores decorrentes das tensões cotidianas. Os objetivos do trabalho foram: identificar o perfil dos acadêmicos da instituição quanto ao uso racional de medicamentos; determinar a prevalência dos fármacos associados à automedicação e; identificar a percepção dos acadêmicos acerca do papel do farmacêutico. Realizou-se uma pesquisa de campo, descritiva, exploratória, quantitativa, através de um questionário eletrônico semiestruturado, aplicado a 60 estudantes, em agosto de 2020. O perfil encontrado foi: 60,0% do sexo masculino, predominantemente adultos jovens, 48,3% se automedicam sempre e 41,7% às vezes. A automedicação é praticada igualmente entre os estudantes da área da saúde e os dos demais cursos. Dos entrevistados, 70,0% se automedicam com analgésicos e 25,0% com anti-inflamatórios. Ressalta-se que alguns estudantes alegaram automedicação com antibióticos, antidepressivos, opioides e hipnóticos que requerem retenção de receita. Apesar da maioria dos acadêmicos utilizarem fármacos de forma irracional, eles reconheceram a importância do acompanhamento farmacoterapêutico. Assim, é fundamental a educação para o uso racional de medicamentos na população estudada. Palavras-chave: Medicamentos. Uso de medicamentos. Automedicação. Estudantes.