RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento motor de crianças de quatro a 17 meses e investigar sua associação com fatores de risco sociodemográficos. Estudo transversal, descritivo, composto por crianças de quatro a 17 meses provenientes da unidade de internação pediátrica de um hospital público de Porto Alegre (RS), clinicamente estáveis e com alta breve prevista. Para a avaliação dos fatores de risco sociodemográficos foi utilizado um questionário elaborado pelas pesquisadoras, que abordou fatores biológicos, sociais e ambientais. Para a avaliação do desenvolvimento motor foi utilizada a Alberta Infant Motor Scale na versão traduzida, adaptada e validada para a população brasileira. Para a análise estatística foi utilizado o teste t de Student e o teste qui-quadrado, com nível de significância de 5% (p≤0,05). De um total de 110 crianças avaliadas, o desempenho motor se mostrou aquém do esperado em mais da metade delas (63,6%, n=70). Houve associação estatisticamente significativa entre o desenvolvimento motor e vacinas atrasadas (p=0,005), convivência com tabagistas em casa (p=0,047) e recebimento de benefício socioeconômico (p=0,036). Conclui-se que esses fatores sociais podem estar associados a fatores de risco ao desenvolvimento motor de crianças de quatro a 17 meses.
Objetivo: investigar a associação entre o desenvolvimento motor e fatores biológicos em lactentes clinicamente estáveis da Unidade de Internação Pediátrica do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Métodos: Estudo transversal, descritivo, composto por crianças de quatro a 18 meses, provenientes da unidade de internação pediátrica de um hospital público de Porto Alegre, RS, clinicamente estáveis e com alta breve prevista. Para a avaliação dos fatores biológicos foi utilizado um questionário elaborado semi-estruturado. Para a avaliação do desenvolvimento motor, foi utilizada a Alberta Infant Motor Scale (AIMS), na versão traduzida, adaptada e validada para a população brasileira. Para a análise estatística foi utilizado o teste t de Student e o teste Qui-quadrado, com nível de significância de 5% (p?0,05) para todos os testes.
Resultados: De um total de 110 crianças avaliadas, 55,5% eram do sexo masculino, 60% não tinham patologia prévia, 21,8% eram prematuros e 19,1% nasceram com baixo peso. Quanto ao desenvolvimento motor 63,6% apresentaram atraso ou suspeita de atraso. Fatores biológicos como peso ao nascimento (p=0,43), prematuridade (p= 0,023) e atraso nas vacinas (p=0,005) apresentaram associação com o atraso no desenvolvimento motor.
Conclusão: Os dados apontam que alguns fatores biológicos como a prematuridade, baixo peso ao nascer e atraso nas vacinas podem ser considerados fatores de risco ao desenvolvimento motor de crianças de quatro a 18 meses.
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