Objetivou-se analisar a produção científica nacional e internacional acerca das técnicas de análise espacial utilizadas na detecção da coinfecção tuberculose/HIV no mundo. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que utilizou a estratégia PICo para elaboração da pergunta norteadora: Quais são as evidências científicas relacionadas à utilização de técnicas de análise espacial na detecção da coinfecção tuberculose/HIV no mundo? Foram realizadas buscas nas bases de dados Lilacs, PubMed® e Medline®, e na biblioteca eletrônica SciELO em janeiro de 2020, utilizando os descritores “Tuberculosis (TB) HIV coinfection”, “spatial analysis”, “disease notification”, “risk area”, “TB/HIV”, “spatiotemporal” isolados e/ou combinados. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra nos idiomas português, inglês e espanhol, sendo excluídas dissertações, teses, revisões de literatura e notas editoriais. Foram analisados 16 artigos, publicados a partir de 2006. Todos utilizaram dados secundários, com delineamento ecológico. Técnicas de análise de dados de área, análise bayesiana, Moran global e local, estatística de varredura, modelo geostatístico gaussiano e Krigagem foram utilizadas para determinar a distribuição heterogênea da coinfecção, com destaque para os coeficientes de prevalência e mortalidade, principalmente em cenários como Brasil e África. A diversidade de técnicas de análise espacial identificadas, com destaque para análise de dados de área e análise bayesiana, contribuiu para a avaliação e a identificação de fatores de risco dos indicadores de morbimortalidade pela coinfecção, alvos de ação e planejamento das políticas públicas de saúde, possibilitando a instituição de ações voltadas para além de questões curativas e preventivas, pautadas na redução das desigualdades socioespaciais nos diferentes cenários.