Neste artigo, apresentamos a Filosofia Sistêmica de Fritjof Capra. A partir de sua obra é possível distinguir a existência de dois paradigmas (entendidos como molduras filosóficas) no desenvolvimento da ciência moderna: o paradigma mecanicista, inspirado pela Física Clássica, e o novo paradigma, articulado a partir da Física Moderna. Segundo Capra, os problemas complexos do mundo contemporâneo podem ser mais bem enfrentados pelo novo paradigma. Para abordar o tema, apresentamos uma discussão sobre a visão de Capra acerca da natureza da ciência, da Filosofia da Física Clássica e da Filosofia da Física Moderna e suas repercussões em diferentes contextos culturais. Por fim, propomos uma extrapolação do pensamento de Capra indicando possíveis implicações de seu trabalho para a Educação em Ciências, para o Ensino de Física e suas respectivas áreas de pesquisa.
Neste artigo, nosso objetivo é contribuir para o debate sobre o misticismo quântico, explorando aspectos discursivos que permeiam um enunciado com tal tema. Para tanto, realizamos uma análise metalinguística do livro A cura quântica de Deepak Chopra, com base na filosofia da linguagem do Círculo de Bakhtin. Investigamos não apenas as estratégias argumentativas do autor, mas também conectamos os elementos constitutivos desse enunciado (tema, estrutura e estilo) com seu contexto de produção e publicação. A partir da análise reconhecemos a incoerência de Chopra ao sintetizar visões de mundo místicas e alternativas e uma visão de mundo científica repleta de metáforas inconsistentes e graves contradições, mas destacando como o autor conseguiu influenciar o modo como conceitos relacionados à Física Quântica são mobilizados fora do contexto acadêmico.
Este artigo tem como objetivo a ampliação do debate sobre o misticismo quântico. Para tanto, elaboramos uma revisão de literatura no escopo da área de Ensino. Realizamos discussões sobre definições existentes de misticismo quântico, sobre abordagens de pesquisas que lidam com o assunto, sobre posicionamentos relacionados à presença do tema em espaços formais de educação e pesquisa e sobre implicações do debate para a Educação em Ciências. Por fim, trazemos nossas considerações e conclusões sobre a investigação em que diagnosticamos que há várias definições do fenômeno coexistindo sem um consenso preciso, que há diversidade tanto nas abordagens teórico-metodológicas dos trabalhos quanto em seus posicionamentos sobre discutir o assunto em contextos educacionais ou acadêmicos e, por fim, que a maioria das pesquisas não apresentam claras implicações para a área de Educação em Ciências.
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