O ensaio investiga em Robinson Crusoé o vínculo entre aborrecimento e entretenimento nas origens do romance mediante uma análise da economia formal entre aventura e rotina, ação e reflexão, que organiza a narrativa de Daniel Defoe.
This article results from a research carried out between April and June of 2010 in the Instituto de Estudos Brasileiros at the Universidade de São Paulo, in which a complete list of titles related to the German language and culture was collected from João Guimarães Rosa"s personal library. Alongside a description of the procedures taken, we offer a comment on some of the most important aspects of the material analysed, including its recurrent themes and features, such as the marginalia found in volumes by authors like Nietzsche, Kafka and Erich Auerbach, as well as on the general context of Guimarães Rosa"s German readings. We intend to contribute to the studies of Guimarães Rosa"s literary sources, and also to throw light on an object that may be of future interest within the German studies in Brazil.
O ensaio procura situar e interpretar o romance Vida ociosa, de Godofredo Rangel, no contexto modernista, vinculando tanto no âmbito do texto em si como em horizonte histórico aspectos da linguagem e da ação narrativas, e verificando uma relação necessária entre a arte excessiva no estilo do autor e o enredo precário de acontecimentos na obra. Essa relação acusa a possibilidade de o leitor não só reconhecer no livro uma dimensão crítica, mas compreender seu narrador entediado e conformista, que se define pela insatisfação dupla que articula a estagnação no interior de Minas Gerais e o horror nos centros avançados do mundo.
Hermann Broch, pensador e poeta entre os mais destacados da língua alemã, tem sua introdução no mundo lusófono apenas iniciada: contamos com a tradução de seus romances mais importantes, 2 mas a parcela teórica de sua obra permanece quase tão desconhecida quanto sua dramaturgia ou lírica. 3 No entanto, a recente circulação em livrarias brasileiras de seus dois romances mais comentados, Os sonâmbulos e A morte de Virgílio, 4 permite supor a existência de um interesse crescente, ainda que tímido, em sua obra. Nesse sentido, vale recordar que permanece igualmente desconhecido das traduções em língua portuguesa seu epistolário, que compõe, nos últimos tempos, os mais instigantes volumes da bibliografia brochiana. A primeira publicação de um conjunto de cartas de Broch recua à primeira edição de sua obra reunida, organizada para a editora Rhein, em 1957. Em 1971, viria à luz, em edição caprichada, a correspondência com Daniel Brody, que, à frente da editora Rhein, havia publicado, na passagem para a década de 1930, Os sonâmbulos. A verdadeira contribuição, porém, para o conhecimento de sua atividade epistolar seria a
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