A questão aqui levantada se move em dois polos implicados mutuamente a partir do círculo hermenêutico heideggeriano, a saber, metafísica e homem. O primeiro momento do ensaio consiste em apontar como Heidegger opera a desconstrução da metafísica com o objetivo de mostrar que a metafísica não é simplesmente uma disciplina entre outras da filosofia, mas um acontecimento essencial do ser-aí humano. O segundo momento pretende definir a partir de que experiência fundamental do ente humano nasce a metafísica. Ser e tempo e, principalmente, Que é Metafísica, servirão de guia para o presente ensaio.
Neste texto, prospectado sob a égide dos estudos foucaultianos, com enfoque maior no campo da Educação, reflete-se sobre currículo e ensino de Filosofia com base em três frentes de trabalho: 1) a problematização do neoliberalismo empreendida por Michel Foucault em 1979; 2) as conexões entre neoliberalismo e Educação; 3) os desdobramentos dessas relações de poder e saber no ensino da Filosofia, por intermédio da análise discursiva de parâmetros curriculares dispostos no Estado do Rio Grande do Sul entre 2009 a 2018. Do interior desses movimentos, conclui-se que o projeto neoliberal vem flanqueando os currículos da Filosofia escolar ao longo da última década nesse Estado com sucessivas investidas, ora colocando-a a serviço da cultura do empreendedorismo, ora eliminando-a do currículo.
Este trabalho pretende sustentar que o melhor conceito para tratar da relação entre metáfora e linguagem é o da subdeterminação semântica. Entretanto, o modo mais comum de tratar o fenômeno das metáforas relega à pragmática (e não à semântica, como era de se esperar) a função de explicar como o significado metafórico de uma frase é um acarretamento gerado pelo contexto. Segundo este quadro, metáforas seriam indeterminadas semanticamente pois acarretamentos pragmáticos são virtualmente infinitos e não precisam remeter à proposição semanticamente expressa. Argumentamos, entretanto, as melhores alternativas para o tratamento da questão nascem do debate entre contextualismo e minimalismo semânticos. Metáforas seriam casos de flexibilidade semântica também presentes em outros fenômenos linguísticos. Para o minimalismo, metáforas podem ser tratadas através da introdução de um operador lexical que garantiria a flexibilidade contextual necessária a termos semânticos contextualmente dependentes. Para o contextualismo, metáforas acontecem quando termos em uma frase funcionam como conceitos ad hoc e são passíveis de enriquecimentos pragmáticos. Apesar de não chegarem a uma única solução, o debate entre minimalismo e contextualismo oferece explicações do fenômeno que corroboram a hipótese da subdeterminação semântica defendida neste trabalho.
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