Resumo Modelos de policiamento comunitário vêm sendo disseminados em diferentes países como resposta aos altos índices de criminalidade e violência. Apesar da ampla defesa da efetividade de tais modelos, há dúvidas acerca de sua efetividade e do que, de fato, se trata o policiamento comunitário. Olhando como fenômeno, o policiamento comunitário se mostra híbrido, multifacetado e com várias contradições entre o que é idealizado e o que é efetivamente posto em prática, dificultando sua compreensão. Neste ensaio, propomos um esquema analítico metateórico pautado na ideia de que o policiamento comunitário é regido por quatro tipos puros de lógicas institucionais - militar, profissional, gerencial e comunitário -, em que a interseção entre tais lógicas ajuda a compreendê-lo. Com base nesse esquema, enquadramos as pesquisas sobre o tema em elementos societários e culturais, ambientais, organizacionais, práticos e identitários, buscando delinear uma agenda de pesquisa acerca do policiamento comunitário.
RESUMO A partir da perspectiva da estratégia como uma prática social e de uma orientação etnometodológica, a questão de pesquisa deste artigo é: como ocorrem as micro práticas de policiamento conduzidas por membros de uma Unidade Operacional da Polícia Militar, em um contexto em que predominam macro práticas da Nova Gestão Pública e Polícia Comunitária? Na pesquisa de campo, foram utilizadas técnicas de pesquisa documental, entrevistas com policiais e observação participante, com notas em caderno de campo de reuniões comunitárias e do atendimento aos moradores por telefone e por aplicativo de mensagens virtuais e emergências policiais. Os resultados mostram que as micro práticas de policiamento comunitário estão imersas em uma tensão entre uma abordagem participativa do policiamento comunitário e macro práticas que privilegiam os instrumentos da administração pública gerencial. Esta pesquisa mostra que a perspectiva da estratégia como uma prática social oferece alternativas para lidar com essas tensões.
O isolamento social imposto pela pandemia da COVID-19, em março de 2020, desafiou diferentes setores de atividade, incluindo a segurança pública, que buscou alternativas para fomentar a relação Estado-Sociedade suportadas pelo Governo Eletrônico, especificamente, as práticas de policiamento comunitário, que pressupõem a proximidade com a comunidade. Este artigo tem como objetivo analisar a atuação das polícias militares brasileiras na rede social Instagram, durante a pandemia da COVID-19. Para tanto, realizou-se uma pesquisa documental online nos perfis oficiais das 27 polícias militares brasileiras. A Análise de Conteúdo das postagens resultou em imagens do policial, da sociedade e de suas interações em duas categorias finais: o braço forte e a mão amiga. As polícias militares não exploram todo o potencial das redes sociais online como instrumento para o policiamento comunitário, na valorização da e-participação e da e-democracia.
Uma abordagem etnometodológica foi adotada para analisar as imagens que orientam a prática policial comunitária de uma Unidade Operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. Utilizou-se a pesquisa documental, entrevistas com policiais e gestores, pesquisa em rede social de interações virtuais entre policiais e comunidade e observação participante de práticas policiais no programa Rede de Vizinhos Protegidos. Estudos de gestão da segurança pública e teoria social fundamentam a pesquisa. Os resultados mostram que as dicotomias entre policiamento tradicional e policiamento comunitário – repressivo e preventivo – produzem imagens fraturadas da polícia e dos civis que orientam a prática policial. Os criadores e impositores de regras que definem “os de dentro” e “os de fora” da comunidade, por meio dos estigmas sociais, personificam o medo do “Outro” no trabalho policial, bem como as imagens do policial, temido e amigo, e as imagens do cidadão, “de bem” e “bandidos”.
O objetivo desta pesquisa é explorar o potencial da produção de tirinhas para estimular a reflexividade de estudantes de graduação em administração em relação às práticas corporativas. Os procedimentos metodológicos são de natureza qualitativa, sendo o corpus de pesquisa composto pelo material produzido pelos(as) estudantes durante uma atividade de aula na disciplina de Cultura e Mudança Organizacional do curso de Administração de uma universidade pública federal. O material empírico consiste nos slides apresentados contendo as tirinhas elaboradas pelos(as) estudantes e nas falas desses(as) durante as apresentações dos grupos, as quais foram gravadas com o consentimento dos(as) participantes, e, posteriormente, transcritas e submetidas à análise de narrativas. As histórias contadas pelos estudantes revelam a face repugnante das organizações: violência e exploração do trabalho; dominação e poder das organizações.
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