ResumoO presente artigo tem como finalidade analisar a trajetória do contato e remoção compulsória, no período da Ditadura Militar (1964Militar ( -1985
Esse artigo é sobre os Tapayuna, um povo da família linguística jê, cujo território tradicional está localizado no noroeste do Mato Grosso, na região dos rios Arinos e Sangue. Em 1970, 41 sobreviventes de uma epidemia de gripe, suscitada após uma expedição da Funai, foram transferidos para o Parque Indígena do Xingu, onde viveram até meados da década de 1980. Atualmente moram nas Terras Indígenas Capoto Jarina e Wawi (MT), respectivamente dos povos Mebêngôkre e Kĩsêdjê. O artigo trata da história do contato com os não índios e o consequente genocídio e desterro a que foram submetidos. Em que pese a ação criminosa de particulares, responsáveis por dois envenenamentos contra os Tapayuna nas décadas de 1950 e 1960, e a atuação omissa e dolosa do Estado, os Tapayuna resistiram e vivem, atualmente, um processo de reemergência e fortalecimento como povo. Eles lutam por autonomia e pela retomada do território tradicional.
Este artigo tem como finalidade situar historicamente os Tapayuna, autodenominados Kajkhwakratxi-jê (literalmente “começo do céu”, leste), também conhecidos como Beiço de Pau ou Suyá ocidentais. Pertencem à família linguística Jê e habitavam a margem esquerda do rio Arinos, no complexo Tapajós-Juruena-Arinos. Descrevo, no presente artigo, como o processo de ocupação do rio Arinos pelos não índios culminou nas tentativas de contato e “pacificação” dos Tapayuna, os quais foram transferidos, em 1971, para o Parque Indígena do Xingu – uma decisão tomada à revelia dos índios que resultou na extinção da “Reserva Indígena Tapayuna”, aberta oficialmente a colonização. Neste período os Tapayuna sofreram uma drástica redução populacional, consequência do processo de etnocídio e genocídio ao qual foram submetidos.
Os Tapayuna (Kajkhwakratxi-jê) pertencem à família linguística Jê, inserida no tronco Macro-Jê. Habitavam a região do rio Arinos no noroeste mato-grossense e foram transferidos, na época do contato, em 1971, para o Parque Indígena do Xingu. Neste período sofreram uma drástica redução populacional, consequência do processo de etnocídio ao qual foram submetidos. A experiência e percepção desse processo são analisadas no presente artigo a partir dos relatos de duas senhoras tapayuna que sobreviveram aos episódios trágicos que marcaram a história de contato dos Tapayuna com os brancos. Palavras-chave: Tapayuna; etnocídio; contato com os brancos.
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