A centralização do atendimento dos pacientes com doenças falciformes através da criação de centros de referência possibilitou um melhor acompanhamento desses pacientes. Este estudo caracterizou o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com doenças falciformes atendidos nos centros de referência no município de Salvador. Os resultados deste estudo corroboram com a literatura e podem ajudar a melhorar os serviços oferecidos nos centros de referência pesquisados. As mulheres representaram a maior parcela dos pacientes registrados nos centros e com maior faixa etária e escolaridade do que os homens. Mais de 90,0% dos pacientes são solteiros, demonstrando a dificuldade das pessoas com doenças falciformes se socializarem devido ao estigma da doença. As manifestações clínicas mais comuns foram as crises álgicas e a icterícia e as intercorrências mais comuns foram internações devido as crises álgicas e hemotransfusão. Foram observadas associações entre sexo e acidente vascular cerebral, entre o genótipo e úlceras de membros inferiores e hemotransfusão. Também foi observado um percentual baixo de pacientes com osteonecrose indicando possível subnotificação. Os percentuais baixos de pacientes que fazem uso da morfina e hidroxiureia apontam para a necessidade de ampliar a oferta desses medicamentos para diminuir as crises álgicas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Conquanto se desenrola a história, as capturas do passado permitem compreender ou ao menos reconstruir marcos e/ou fenômenos no porvir. Se considerados os anos de 2020 e 2021, olhares retrospectivos conformarão diferentes imagens, como é o caso deste estudo. Este artigo evidencia parte das sínteses formuladas durante o Estágio Pós-doutoral, demarcado temporalmente pelo período de isolamento social em virtude da COVID-19. A pesquisa objetivou, de modo geral, compreender os sentidos atribuídos por professores do Ensino Superior sobre o trabalho docente, durante o período pandêmico, que se estendeu entre os anos de 2020 e 2021. A etapa abordada neste artigo particularizou as percepções sobre a docência, no período supracitado. Quanto ao método, a pesquisa é de natureza qualitativa, dos tipos exploratória e descritiva. Para a recolha das informações aqui discutidas, foram aplicados questionários digitais com quarenta e cinco professores do Ensino Superior. Os resultados indiciaram a insegurança no trabalho, oriunda da redução progressiva de carga horária de aulas; aumento da ansiedade relacionada a incerteza; insuficiência dos processos formativos pensados para atendimento as demandas do ensino remoto e diversificadas estratégias de enfrentamento aos resultados da crise multidimensional deflagrada pelas notícias da COVID-19. As considerações em perspectiva explicitaram que os impactos desse período repercutem nos tempos hodiernos e tendem a impulsionar a construção de novos cenários educacionais.
Conquanto são tecidas as categorias educação e saúde,buscou-se neste estudo responder a inquietação dapesquisa, a saber: quais as razões para a recusa departilha do diagnóstico de Doença Falciforme (DF) entrejovens escolares em espaços institucionalizados deSalvador-BA? Para tanto, esta investigação, de naturezaqualitativa fundou-se metodologicamente no paradigmacrítico, consolidado no materialismo histórico dialético.Caracterizou-se como exploratória e descritiva e, paraa coleta de informações foram aplicados formuláriosa 48 jovens com doenças falciformes em idade entre15 e 29 anos, que constituíram o universo populacionalda pesquisa. Na segunda etapa da pesquisa, foramrealizadas entrevistas em profundidade objetivandoelucidar aspectos que emergiram da análise das respostasaos formulários. Os resultados indiciaram que os jovensescolares optam por não partilhar o diagnóstico daDF por três razões: o consenso quanto à invisibilidade;frustrações anteriores por ocasião da elucidação dadiagnose; e, medo do preconceito, da rotulação e doestigma. Conclui-se que medidas devem ser tomadas paraa potencialização do conhecimento sobre a patologia, pormeio de políticas de formação e mecanismos de escutaintermitente.ABSTRACTAs the categories education and health are woven, this study sought to answer the researchconcern, wich are: what are the reasons for refusal to share the diagnosis of sickle cell disease(SCD) among young students in institutionalized spaces in Salvador-BA? Therefore, thisqualitative research was methodologically based on the critical paradigm, consolidated indialectical historical materialism. It was characterized as exploratory and descriptive and, forcollecting information, forms were applied to 48 young people with sickle cell disease agedbetween 15 and 29 years, which constituted the population of the research. In the second stageof the research, in-depth interviews were conducted to clarify aspects that emerged from theanalysis of the responses to the forms. The results indicated that young students choose not toshare the diagnosis of SCD for three reasons: consensus on invisibility; previous frustrations atdiagnosis elucidation; and fear of prejudice, labeling and stigma. It is concluded that measuresshould be taken to enhance the knowledge about the pathology, through policies of trainingand intermittent listening mechanisms.
Introdução. Este estudo caracterizou o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com doenças falciformes atendidos nos centros de referência no município de Salvador (BA). Métodos. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa e caráter descritivo. As análises estatísticas foram realizadas no SPSS versão 25.0. Resultados. As mulheres representaram a maior parcela dos pacientes. Mais de 90,0% são solteiros, demonstrando a dificuldade das pessoas com doenças falciformes se socializarem devido o estigma da doença. As manifestações clínicas mais comuns foram as crises álgicas e a icterícia e as intercorrências mais comuns foram internações devido às crises álgicas e hemotransfusão. Foi observado associação entre o sexo masculino e acidente vascular cerebral, genótipo SS e úlceras de membros inferiores e hemotransfusão. O baixo número de pacientes com osteonecrose e que fazem uso de morfina e hidroxiureia indicam, respectivamente, possível subnotificação e a necessidade de ampliar a oferta de medicamentos para diminuir as crises álgicas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Conclusão. A centralização do atendimento de pessoas com doenças falciformes através da criação de centros de referência no Brasil possibilitou um melhor acompanhamento desses indivíduos, mas ainda existem desafios a serem superados.Palavras-chave: saúde da população negra, doenças falciformes, manifestações clínicas.
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