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CDD 001.42 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.

Este ensaio objetiva discorrer sobre o método e a análise de dados, utilizado por Vigotski em suas pesquisas alicerçadas no Materialismo Histórico-Dialético, que traz uma contribuição ímpar ao entendimento dos fenômenos e de como estes se inserem na realidade. Tomando como aporte teórico as ideias de Vigotski e sua articulação teórica com Marx, quando elege a centralidade do trabalho como fundante do ser social e origem da psique humana, possibilitando assim, importantes contribuições para a Psicologia Histórico-Cultural. Este artigo busca contribuir com o entendimento sobre o rigor cientifico empregado nas pesquisas desenvolvidas por Vigotski que fundamentou sua perspectiva teórico-metodológica na estreita relação entre psicologia e filosofia. O psicólogo russo apresentou em suas obras um cuidado com o método de pesquisa, ele foi um profundo conhecedor da ciência e da história da psicologia, conseguiu contribuir para a construção de um novo método investigativo para compreendermos as funções psicológicas. Dessa forma, Vigotski considerava importante a descrição dos fenômenos que revela seu aspecto exterior, o fenótipo, mas procurava um aprofundamento maior da questão ao dizer que esta se completa com a compreensão de seu aspecto interior, de seu genótipo. O autor baseava seus estudos no método materialista histórico-dialético que presa pela busca da totalidade do objeto pesquisado. Por fim, compreendemos que trabalhar com uma pesquisa pautada na Psicologia Histórico-Cultural referenciada no Materialismo Histórico-Dialético consiste, numa preocupação em compreender o fenômeno investigado, descrevendo e procurando as suas possíveis relações, integrando o individual ao cultural na busca pela totalidade.

A despeito das duras críticas sofridas por Paulo Freire nos últimos anos, orquestradas pelo (des)governo vigente no Brasil, indubitável é o fato de que suas obras foram e são estudadas até os dias atuais, contribuindo significativamente para a formação de educadores e educadoras nacionais e internacionais. Incontestáveis também são os contributos subtraídos por intermédio das leituras dos escritos deste mundialmente reconhecido pernambucano e que em 2021 completaria 100 anos, se vivo fosse. Partindo dessas premissas, o presente artigo tem como objetivo primaz evidenciar as contribuições do legado de Paulo Freire para a formação de educadores e educadoras, a partir das obras Pedagogia da Autonomia e Pedagogia do Oprimido, podendo, assim, reverberar no processo de construção da emancipação humana. Para tanto, o estudo dispôs-se a realizar uma análise teórico-bibliográfica dos referidos livros, subsidiada pelas contribuições de Freire (2010), Marini (2018), Pavan (2011) dentre outros autores, referentes à temática da formação docente e à obra freiriana. Infere-se com essa investigação que a perspectiva freiriana traz, em seu bojo, significativas contribuições para os diferentes sujeitos educacionais, a partir do momento em que estes tomam consciência de seus papéis na transformação de uma sociedade de classes antagônicas, fundada na exploração do homem pelo homem.

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