A despeito das duras críticas sofridas por Paulo Freire nos últimos anos, orquestradas pelo (des)governo vigente no Brasil, indubitável é o fato de que suas obras foram e são estudadas até os dias atuais, contribuindo significativamente para a formação de educadores e educadoras nacionais e internacionais. Incontestáveis também são os contributos subtraídos por intermédio das leituras dos escritos deste mundialmente reconhecido pernambucano e que em 2021 completaria 100 anos, se vivo fosse. Partindo dessas premissas, o presente artigo tem como objetivo primaz evidenciar as contribuições do legado de Paulo Freire para a formação de educadores e educadoras, a partir das obras Pedagogia da Autonomia e Pedagogia do Oprimido, podendo, assim, reverberar no processo de construção da emancipação humana. Para tanto, o estudo dispôs-se a realizar uma análise teórico-bibliográfica dos referidos livros, subsidiada pelas contribuições de Freire (2010), Marini (2018), Pavan (2011) dentre outros autores, referentes à temática da formação docente e à obra freiriana. Infere-se com essa investigação que a perspectiva freiriana traz, em seu bojo, significativas contribuições para os diferentes sujeitos educacionais, a partir do momento em que estes tomam consciência de seus papéis na transformação de uma sociedade de classes antagônicas, fundada na exploração do homem pelo homem.