ResumoObjetivos: Determinar a prevalência de fatores de risco cardiovascular (individual e co-ocorrência); e investigar a relação entre esses fatores e indicadores sociodemográ-ficos em adolescentes. Métodos: A amostra, selecionada por conglomerados em dois estágios (escolas, turmas), foi constituída de 782 adolescentes (14-17 anos de idade, 54,9% do sexo feminino) do ensino médio no município de João Pessoa -PB, Brasil. As variáveis independentes foram sexo, idade e condição econômica. Os desfechos investigados foram: níveis insuficientes de atividade física, hábitos alimentares inadequados, pressão arterial elevada, etilismo, excesso de peso corporal e tabagismo. Resultados: Níveis insuficientes de atividade física (59,5%) e hábitos alimentares inadequados (49,5%) foram os fatores de risco cardiovascular mais prevalentes. Pressão arterial elevada, etilismo e excesso de peso foram mais prevalentes no sexo masculino, e níveis insuficientes de atividade física no sexo feminino. Cerca de 10% dos adolescentes não apresentaram nenhum fator de risco, e 51,4% apresentaram dois ou mais fatores de forma simultânea. Os adolescentes do sexo masculino (OR = 1,89; 1,35 -2,65) e aqueles que pertenciam aos estratos econômicos mais pobres tiveram maiores chances de apresentar um ou mais fatores de risco biológicos (OR = 1,69; IC95% = 1,16 -2,47). Conclusão: A prevalência de fatores de risco cardiovascular foi elevada, com destaque para a exposição simultânea a múltiplos fatores de risco. Os adolescentes do sexo masculino e os mais pobres foram os subgrupos com maior exposição a fatores de risco biológicos de forma simultânea.Palavras-chave: Adolescente. Fator de risco cardiovascular. Fatores socioeconômicos. Prevalência. Sobrepeso. Atividade física.
Analisou-se a associação entre o índice de massa corporal (IMC) e a pressão arterial (PA) em adolescentes do município de João Pessoa-PB, Brasil. A amostra foi composta por 303 rapazes e 379 moças, de 14 a 17 anos de idade. Foram coletadas informações sociodemográficas (sexo, idade, classe econômica, escolaridade do chefe de família), peso e estatura auto-referidos (determinação do IMC), medidas de PA sistólica e diastólica, atividade física, hábitos alimentares e fumo. A razão de prevalência (RP), com respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%), a partir da regressão de Poisson, com variância robusta, foi utilizada como medida de associação. A prevalência sobrepeso/obesidade (excesso de peso) foi de 13,5% nos rapazes e 7,2% nas moças, e a de PA elevada foi de 32,4% nos rapazes e 26,6% nas moças. Adolescentes com excesso de peso apresentaram maior probabilidade de apresentar PA elevada (RP= 1,95 a 2,03) e hipertensão (RP= 4,22 a 4,60) quando comparados aos seus pares de baixo peso/peso normal. O excesso de peso parece ser um fator de risco em potencial para elevação da pressão arterial em adolescentes.
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