Sabe-se que o consumo de pornografia tem alimentado uma indústria multimilionária e, atualmente, alcança quaisquer grupos que dispõem acesso à internet. É veiculada de forma gratuita e representa oferta em massa de conteúdos, onde se observa predominantemente o uso da figura feminina, inserida em um panorama em que é fornecido aos seus consumidores um prazer transgressor. Assim, a mulher na pornografia tem sido apresentada desempenhando papéis em que há um distanciamento da realidade, onde é subjugada e está à mercê das mais diversas formas de violência (BRIDGES et al., 2010) A exposição a esse conteúdo de forma online, cuja disponibilidade cresce exponencialmente, gera a falsa percepção de que se trata de um prazer que não precisa ser regulado, uma vez que ele não exige interações físico-sociais. Entretanto, o que se percebe é a construção de um indivíduo influenciado pelo seu consumo de pornografia, que acontece, na maioria das vezes, quando a vida sexual ainda não foi iniciada. Dessa forma, esse material chega em uma população de faixa etária pequena, predominantemente masculina e assim, quando adulto, carrega a crença de que o papel masculino nas produções é aquele que ele precisa reproduzir nas suas relações sexuais. (ROTHMAN et al., 2015) O corpo, a sexualidade e a saúde da mulher, foram questões expandidas e que geraram reformas político-sociais, iniciadas na década de 70. Essa nova configuração também possibilitou que se inserisse outras dimensões ao se estudar os cuidados à população feminina, que passaram a abranger não somente seu aspecto físico-biológico, mas também direitos humanos, cidadania e interação indivíduo-ambiente (MEDEIROS, 2009). Inserido na busca pelo olhar integral dessa população, este estudo buscou analisar se os comportamentos dos homens e mulheres podem ser afetados pelo consumo de produções pornográficas e como a repercussão dessa exposição é tida na saúde da mulher. É necessário o entendimento dessa perspectiva para se desenvolver estratégias de apoio, atuação social e para assegurar a manutenção da integridade e dignidade da população feminina no Brasil.
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