OBJETIVO: O presente artigo pretendeu construir reflexões sobre ética a partir do código de ética da Psicologia e uma ética fenomenológico-existencial, inspirada na Fenomenologia de Martin Heidegger, e em seus estudos sobre Ontologia. MÉTODO: O artigo insere-se na modalidade de pesquisa qualitativa, teórica, de natureza original, exploratória e descritiva, cujo método de investigação resgata na fenomenologia hermenêutica heideggeriana uma leitura compreensiva da ética a partir dos estudos de textos canónicos referentes ao tema da ética e dos códigos deontológicos que regulamentam e apoiam profissões, por exemplo, o código de ética da Psicologia. Possibilidades metodológicas de leitura compreensiva, assentes no método fenomenológico, ressaltam que o círculo hermenêutico heideggeriano não admite que condições prévias para descrição e compreensão dos fenômenos sejam claras e inalteráveis. Assim, as possibilidades metodológicas articulam conjuntamente componentes do círculo hermenêutico: posição prévia, visão prévia e concepção prévia no sentido de aproximar-se da provisoriedade do fenômeno da ética. DISCUSSÃO: Os objetivos deste estudo são demonstráveis no problema investigado: como são possíveis reflexões sobre a ética na Psicologia desde diálogos entre código de ética em Psicologia e uma ética fenomenológico-existencial? Assim, admitimos ética distinta de moral e problematizamos o modo usual como ética é resumida, na Psicologia, ao Código de ética, ampliando nossas reflexões quanto aos modos de sermos éticos, bem como, privilegiando aproximações ao fenômeno da ética. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este trabalho aponta outros modos de refletir sobre a ética e contribui para a aproximação compreensiva da ética como tema a ser priorizado nas práticas da Psicologia, inclusive, aproximarmo-nos da ética do cotidiano das relações humanas.
ResumoO presente trabalho discute dois temas da clínica psicológica: ética e prática psicoterapêutica. Contemporaneamente, estes temas são acompanhados dos impasses humanos frente às exigências de adequação e objetividade. Eticamente os seres humanos organizam suas vidas anteriormente à consolidação da ética como disciplina e da legitimação desta nos códigos de conduta profissionais de diferentes ciências. Contudo, a ética no cotidiano alcança sentidos diversos às regras e aos deveres; é sobre estes sentidos que se dedicou este trabalho. Particularmente, no modelo psicoterapêutico inspirado na Fenomenologia Existencial, a ética foi exposta através de modos de ser do humano na convivência com os impasses próprios da existência. Assim, o trabalho psicoterapêutico foi destacado no convite para atualizarmos os exercícios de pensar e sentir sobre os modos como os seres humanos habitam o mundo. O método apoia a psicoterapia fenomenológico existencial na medida em que inspira o caminho percorrido neste trabalho que se pretende mostrar atento à compreensão da experiência cotidiana, especialmente, na sensibilização dos profissionais e dos clientes quanto às relações estabelecidas entre razão e sentimentos (afetos) desestabilizando as certezas absolutas e crenças antecipatórias quanto ao modo como nos organizamos. Metodologicamente, elegemos algumas direções adotando a descrição dos acontecimentos como conteúdo de investigação, associando a esta compreensão-interpretação como ações combinadas a fim de possibilitar abertura de sentidos para as experiências anunciadas pelo e para o cliente. O encontro psicoterapeuta/cliente e o modo como a experiência psicoterapêutica foi conduzida são expressões éticas de uma perspectiva que incentiva a abertura de possibilidades quanto ao estar-com do homem no seu cotidiano. Palavras-chave:Psicoterapia; Fenomenologia existencial; Ética; Martin Heidegger. ResumenEl presente trabajo discute dos temas de la clínica psicológica: ética y práctica psicoterapéutica. Contemporáneamente, estos temas son acompañados de los impasses humanos frente a las exigencias de adecuación y objetividad. Eticamente los seres humanos organizan sus vidas antes de la consolidación de la ética como disciplina y de la legitimación de ésta en los códigos de conducta profesionales de diferentes ciencias. Sin embargo, la ética en el cotidiano alcanza sentidos diversos a las reglas y los deberes; es sobre estos sentidos que se dedicó este trabajo. En particular, en el modelo psicoterapéutico inspirado en la Fenomenología Existencial, la ética se expuso a través de modos de ser del humano en la convivencia con los impasses propios de la existencia. Así, el trabajo
A literatura mundial reconhece Carolina de Jesus e Clarice Lispector como escritoras reflexivas e críticas à sociedade brasileira do século XX e ao feminino. Este artigo expõe uma leitura hermenêutica inspirada em Martin Heidegger, a respeito de Quarto de Despejo e Perto do Coração Selvagem, clássico literários, entendendo-os como horizontes de encontro para compreender o feminino desde a circularidade de sentido envolvendo entes humanos e existenciais heideggerianos. A apropriação da linguagem das escritoras estreou modos de libertação do feminino, desvelamentos de significados e conceções de mundo. Expor a Fenomenologia heideggeriana atenta ao feminino, acrescida da análise psicológica das escritoras, reflete suposta neutralidade histórica, cultural e literária que elege protagonistas-narradores masculinos como singulares, e segregam o feminino a relacionamentos, filiações ou proles. Os resultados, a partir da reflexão/compreensão hermenêutica, reconstroem noção de humanidade que rompe com complementaridades, por exemplo, personagens femininas que não procuram pelo masculino; que explicita noção do eu feminino que não reforça intimismo, a primeira pessoa, nesses clássicos, é uma indeterminação correspondendo aqueles à margem social. As lutas cotidianas sejam contra fome, sejam não sucumbir a acessório do masculino, fazem da hermenêutica do feminino exercício de resistência. Apropriar o humano de sua correspondência com mundo ao formular sentidos não discriminatórios possibilita e empodera o formular de reflexões e ações demonstrativas de liberdade e ética.
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