RESUMODiversos aspectos da sexualidade humana ainda continuam sendo vistos como tabus. A gestação se torna um dos períodos de maior dificuldade para este tipo de abordagem, principalmente devido à repressão e a negação da existência da sexualidade neste período. Objetivou-se identificar a vivência da sexualidade nas mulheres no período gestacional. Caracteriza-se em uma pesquisa exploratória e qualitativa, utilizando o método da história oral temática. Foram entrevistadas dez mulheres que estiveram grávidas no ano de 2006. A análise desvelou quatro categorias temáticas: "Comportamento sexual do casal no período gestacional"; "Modificações fisiológicas no decorrer da gravidez e sua influência na atividade sexual"; "Desejo sexual da mulher no período gestacional"; "Influência do pré-natal no comportamento sexual do casal". Os depoimentos revelaram que a vivência da sexualidade feminina depende de fatores físicos, psicológicos e culturais. A forma como o parceiro compreende e se comporta também se constitui em fator determinante para uma experiência sexual saudável entre o casal. Outro ponto destacado foi a fragilidade das orientações sobre sexualidade nas consultas de pré-natal. É necessário que exista uma relação mútua entre o casal para o enfrentamento das dificuldades encontradas nesse período.Palavras-chave: Saúde da mulher. Sexualidade. Gravidez. INTRODUÇÃOA sexualidade é uma necessidade dos seres humanos, independente de raça, cor, sexo, nível intelectual ou socioeconômico, entendida como uma dádiva da natureza que se faz presente por manifestações desde a vida intrauterina (1) . A sociedade impõe aos indivíduos que "vivam sua sexualidade segundo normas, valores e regras construídos ao longo do processo histórico e cultural" (1:81) . A repressão à sexualidade também foi desencadeada por diversas religiões, causando inúmeros prejuízos, atemorizando as pessoas e privando-as de toques, de verbalização e exteriorização de amor e sexo.No Brasil, nas décadas de 1970 e 1980, o movimento feminista ganhou as ruas para discutir temas considerados tabus, por exemplo: a luta pela igualdade nas relações de trabalho, a luta por salários iguais, entre outros. Esse movimento reivindicava a inclusão social da mulher no sistema político brasileiro, bem como a saúde sexual e reprodutiva feminina (2) . Assim, a mulher moderna torna-se mais consciente sobre seu papel reprodutivo, começando a lidar melhor com sua sexualidade, assumindo vários papéis concomitantemente, ficando muitas vezes sobrecarregada. Ao mesmo tempo, a mulher conquistou o direito sobre sua saúde sexual e reprodutiva na sociedade atual. Porém, apesar das inúmeras conquistas, muitas mulheres desconhecem o funcionamento do seu corpo principalmente na gestação, ficando cheias de preconceito quanto à sua sexualidade nesse
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