Resumo: Este artigo tem, como objetivo, investigar e analisar as concepções sobre as fases da Lua. Para tal, investigou-se um grupo de 39 alunos do Ensino Fundamental II (8º s anos) de uma escola pública da região Oeste do Paraná. A abordagem foi de cariz qualitativo, focada na análise de conteúdo, e constituída pelas seguintes etapas: a) revisão de literatura e mapeamento acerca das concepções alternativas; b) elaboração e aplicação de um questionário sobre as fases da Lua; e c) análise das concepções dos alunos. Os resultados apontam que a maioria dos alunos não compreende os movimentos de translação e rotação da Terra e da Lua, sendo que apenas 10,3% conseguiram identificar e nomear as fases da Lua no contexto da representação por desenho do fenômeno no sistema Sol-Terra-Lua. Além disso, apareceram as concepções de que a Lua sempre está oposta ao Sol e que suas fases são causadas pela projeção da sombra terrestre. Nesse sentido, entende-se que seja necessária uma revisão nas estratégias de ensino de tais conteúdos com o intuito de transformar a realidade da sala de aula e possibilitar a aprendizagem dos alunos.Palavras-chave: Concepções alternativas; Ensino de Astronomia; Ensino Fundamental; Fases da Lua. LAS DIFERENTES CONCEPCIONES SOBRE LAS FASES LUNARES DE LOS ESTUDIANTES DE OCTAVO GRADO DE UNA ESCUELA PÚBLICAResumen: Este artículo tiene como objetivo investigar y analizar concepciones sobre las fases de la Luna. Con este fin, se investigó a un grupo de 39 estudiantes de la escuela primaria II (8 o grado) de una escuela pública en el oeste de Paraná. El enfoque fue de tipo cualitativo, se centró en el análisis del contenido y consistió en los siguientes pasos: a) revisión de la literatura y cartografía sobre concepciones alternativas; b) preparación y aplicación de un cuestionario sobre las fases de la Luna; y c) análisis de las concepciones de los estudiantes. Los resultados indican que la mayoría de los estudiantes no entienden los movimientos de translación y rotación de la Tierra y la Luna, y sólo el 10,3% fueron capaces de identificar y nombrar las fases de la Luna en el contexto de la representación dibujando el fenómeno en el sistema Sol-Tierra-Luna. Además, aparecieron las concepciones de que la Luna siempre está opuesta al Sol y que sus fases son causadas por la proyección de la sombra de la Tierra. En este sentido, se entiende que es necesaria una revisión de las estrategias de enseñanza de dichos contenidos para transformar la realidad de la clase y permitir el aprendizaje efectivo de los alumnos.Abstract: This article aims to investigate and analyze conceptions about the phases of the Moon. To this purpose, a group of 39 elementary school II students (8th years) of a public school in western Paraná state were investigated. The approach was qualitative, focused on content analysis, and consisted of the following steps: a) a literature review and mapping about alternative conceptions; b) preparation and application of a questionnaire on the phases of the Moon; and c) analysis of students' concepti...
Apresentamos neste artigo um estudo exploratório sobre os modelos de significação de sujeitos adultos sobre conteúdos de Astronomia, especificamente sobre as estações do ano. A investigação ocorreu em um projeto de pesquisa sobre Educação em Astronomia na Educação Básica, e tem como aporte metodológico o método clínico piagetiano. Elaboramos e testamos um protocolo piloto, que posteriormente foi utilizado para a aplicação das 13 entrevistas descritas neste artigo. As entrevistas foram realizadas em escolas públicas, abrangendo todos os professores de Ciências do Ensino Fundamental de um município situado na Região Oeste do Estado do Paraná. As entrevistas foram organizadas da seguinte maneira: Num primeiro o sujeito discorria livremente sobre o tema das estações do ano, partindo então para uma segunda etapa na qual era convidado a desenhar uma explicação para o fenômeno estudado e por fim solicitava-se que o sujeito, com o uso de um material concreto, explicasse a ocorrência dasm estações do ano, tal qual o faria em uma aula desta temática. Nosso objetivo, com o uso destes três momentos, foi o de compreender como os sujeitos adultos organizam seus conhecimentos sobre o conteúdo das estações do ano presente no Ensino de Ciências dos anos iniciais do Ensino Fundamental. A partir dos dados coletados identificamos, de modo exploratório, três diferentes modelos de significação, aos quais intitulamos: Modelo de significação concreto; Modelo de significação intermediário e Modelo de significação complexo. No primeiro modelo, os sujeitos não conseguem representar nem explicar a ocorrência das estações do ano. Estes sujeitos fazem somente dos conceitos memorizados dos livros didáticos ou nas suas aulas de Ciências. O segundo modelo refere-se aos sujeitos que conseguem elaborar ao menos uma explicação para as estações do ano, seja no desenho, seja com o uso de material concreto, mas que ainda não explicam de forma satisfatória o fenômeno. No terceiro modelo se encontram os sujeitos que conseguem explicar a ocorrência das estações do ano seja com desenho ou com uso de material concreto. A partir da compreensão desses diferentes modelos pretende-se elaborar um material didático de Educação em Astronomia para a formação continuada de professores da rede pública do município onde a investigação foi realizada.
O debate acerca da inclusão da História e da Filosofia no ensino de Ciências já vem sendo desenvolvido há longa data. No entanto, ainda predomina uma visão muito simplista da natureza do conhecimento científico entre alunos e professores. Esta pesquisa estudou as concepções de licenciandos de um curso de Ciências Exatas de uma universidade pública do Oeste do Paraná. A pesquisa foi realizada ao longo de 3 anos e pautou-se nas disciplinas de História, Filosofia e Ensino de Ciências do 3ºsemestre e da disciplina de Epistemologia do 5º semestre. Foram realizados questionários abertos no início e no final das disciplinas, os quais foram analisados pelo viés da Análise Textual Discursiva. Os resultados apontam que, embora tímida, há uma significativa mudança nas concepções dos alunos ao longo dos anos, especialmente no que se refere às questões metodológicas da produção do conhecimento científico.
O projeto de pesquisa “Ensino de Astronomia Básica para o EnsinoFundamental” busca investigar o ensino e a aprendizagem de conteúdos de Astronomiapresentes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Neste artigo apresentamos osresultados de entrevistas com alunos de 1 a 5 ano do Ensino Fundamental. Nossoobjetivo foi o de compreender quais conhecimentos os alunos possuem sobre fases daLua, estações do ano e eclipses. Foram entrevistados ao todo 15 estudantes de 5 escolaspúblicas de um município do Oeste do Paraná. Para a realização das entrevistas nospautamos no Método Clínico de Jean Piaget, estruturando a entrevista em trêsmomentos: Questões abertas sobre o que as crianças já sabiam sobre a ocorrência dasestações do ano, fases da Lua e eclipses. Posteriormente era solicitado que a criançaelaborasse sua resposta utilizando um desenho e por fim fazendo uso de um materialconcreto, composto por três bolas de isopor de diferentes tamanhos. Com essas trêsetapas, foi possível percorrer por diferentes meios o pensamento das crianças, e melhorcompreender aquilo que já sabiam e aquilo que ainda não conseguem compreenderacerca desses fenômenos. Nossos resultados apontam que há ainda uma preponderânciado conhecimento comun sobre a compreensão efetiva dos conceitos envolvendo osastros.
Neste artigo, são discutidos alguns motivos pelos quais as narrativas do gênero Conto colaboram para o ensino de Astronomia na Educação Básica. Assim, o trabalho foi desenvolvido a partir da seguinte questão: o uso de um conto, elaborado por meio de uma narrativa científica, pode contribuir com o ensino de Astronomia para a Educação Básica? Para responder tal questionamento, foi desenvolvida uma investigação de cunho qualitativo, com alunos do nono ano do Ensino Fundamental II de uma escola pública da região Oeste do Paraná. Na investigação, foi utilizada, para os dados coletados via questionário e para as anotações descritas no diário de campo, o método de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados encontrados com a aplicação do conto remetem a um entendimento de ordem superior ao inicial dos alunos sobre o conteúdo fases da Lua, dado que as respostas no questionário apresentam produções com clareza e mais complexas, quando comparadas aos alunos não leitores do conto. A partir disso, pondera-se que a leitura do conto poderá provocar novas abstrações conceituais, quando estas fazem sentido para o estudante. Logo, conclui-se que as narrativas científicas do gênero utilizado, elaboradas a partir das concepções alternativas dos alunos, contribuem e apresentam-se como potencializadoras e eficazes para o ensino de Astronomia.
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