Resumo O objetivo deste artigo é apresentar algumas origens e influências epistemológicas que moldaram a Teoria Ator-Rede (TAR), visando a contribuir para sua inserção esclarecida no contexto da análise organizacional. Depois da apresentação inicial e de uma reflexão sobre as origens da TAR, são discutidos os seguintes temas: i) crítica da "construção social da realidade"; ii) conceito de "simetria"; iii) conceito de "translação"; e iv) expansão do significado de "atuante". Ao final são exploradas as implicações para a análise organizacional, as quais reforçam a importância dos conceitos básicos para a compreensão da TAR, colaborando para a sedimentação do uso de suas categorias em diversos campos científicos.
Analisar o empreendedorismo explorando as implicações dos pressupostos teórico-metodológicos que a Teoria Ator-Rede (TAR) oferece. Numa visão geral, foram consideradas duas perspectivas teóricas para o empreendedorismo: uma subjetivista e outra objetivista. A perspectiva subjetivista privilegia o indivíduo, juntamente com suas habilidades e capacidades inerentes. Em menor evidência na literatura, a perspectiva objetivista privilegia os aspectos materiais do ambiente como causas do empreendedorismo. Considerando ambas, a principal limitação está no pouco valor que cada lado dedica à influência do outro na análise geral das iniciativas empreendedoras, o que revela assimetria. Esta limitação abriu espaço para a inserção da Teoria Ator-Rede (TAR). Ao desconsiderar a dualidade imposta pelas perspectivas iniciais, a TAR permitiu explorar novas possibilidades de compreensão por meio do conceito de simetria (BLOOR, 1976; LATOUR, 2005; LATOUR e WOOLGAR, 1997). Com base nisso, a TAR considera todas as entidades híbridas, compostas ao mesmo tempo de subjetividade e de objetividade indissociáveis. Isso vai contra o modo assimétrico de tratar a realidade, o qual reproduz uma visão dual, mesmo reconhecendo que ambos os aspectos, subjetivos e objetivos, contribuem para o sucesso ou o insucesso das iniciativas empreendedoras. Entendido dessa forma, o emprendedorismo requer a mobilização de diversos agenciamentos em torno de si, mediante o recrutamento de aliados que passam a integrar um movimento negociado, que requer translação constante de interesses. O descortinar desse movimento revela multiplicidade de relações que envolvem, por exemplo, elementos políticos, sociais, econômicos, culturais, científicos, tecnológicos e os próprios protagonistas que, na história contada, habitualmente são considerados empreendedores.
Resumo: Este artigo tem como objetivo revisar a produção científica em periódicos internacionais sobre empreendedorismo no setor público. Em termos metodológicos, fez-se uma revisão bibliográfica de artigos incluídos no sistema classificatório Web Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Concluiu-se que a produção científica desta temática encontra-se em processo construção e é amplamente diversificada (polissêmica). Cabe questionar o que a polissemia de termos acerca do Empreendedorismo no setor público revela. Na tentativa de abordar um novo caminho para pensar as ações do Estado, o empreendedorismo pode revelar um novo caminho metateórico pouco explorado na administração pública. Palavras-chave: sentido, administração pública, empreendedor. ENTREPRENEURSHIP POLYSEMIES IN THE PUBLIC SECTORAbstract: This article aims to understand the scientific production in international journals on entrepreneurship in the public sector. In methodological terms, was made a literature review of the searches included in the classification system Web Qualis of Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). It was concluded that the scientific production of this issue lies in a construction process and is broadly diversified (polissemic). It is fitting to ask what is the polysemy of terms about Entrepreneurship in the public sector reveal? In an attempt to address a new way to think about the state actions, the entrepreneurship can reveal a new metatheoretical path unexplored in public administration.
O objetivo é realizar uma revisão de literatura para investigar os limites e as potencialidades da implantação de Parques Tecnológicos como Política Pública. Para isso, realizou-se revisão bibliográfica sistemática (RBS) da literatura. Na primeira tentativa de uma RBS pesquisaram-se periódicos brasileiros de importância reconhecida a fim de criar uma visão geral acerca da temática. Na segunda tentativa, estendeu-se a RBS para os periódicos da base REDALYC. Após investigar a incidência do termo “parque(s) tecnológico(s)”, na área de administração e contabilidade, no período de 2008 a 2013, foram encontrados 78 documentos. Uma leitura selecionada de 15 desses documentos permitiu a construção de 3 categorias explicativas do fenômeno: “parque tecnológico como política pública”. Também foi possível demonstrar que, embora estudos sobre parques tecnológicos estejam plenamente disseminados na literatura, parques tecnológicos como política institucionalizada de desenvolvimento local ainda é um tema que precisa ser melhor investigado.
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